terça-feira, 29 de abril de 2008

Até você Fenômeno?

(Ronaldo comemorando gol no Milan)


Até você Fenômeno?

Pois bem. Tantos escândalos que estamos acompanhando diariamente envolvendo personalidades importantes do esporte põem na mídia hoje nada mais, nada menos, que Ronaldo Nazário, o “Fenômeno” do Milan.
Depois de Casagrande da Globo, Jardel, ex-Grêmio, agora é a vez de Ronaldiiiinho (para Galvão Bueno) estar envolvido com algo, que, se não é droga, é muito pitoresco. Pôxa Fenômeno, envolvido com travestis!
A Assessoria de Imprensa do atacante fala em extorsão. O fato (não sou o dono da verdade) é que Ronaldo quis se divertir com algumas garotas em um Motel no RJ, e chegando lá percebeu que as meninas, não eram tão “meninas assim”.
As últimas notícias tratam nítido como extorsão contra o ídolo. A verdade é que Ronaldo tornou-se um ídolo pelo esporte. Só não pode se esquecer que sem o esporte ele se torna uma pessoa comum. Como eu, você ou qualquer outro que faça uma função “normal” de trabalho.
Acompanhando os veículos de comunicação percebe-se quem gosta e quem “não gosta” do ex-Fenômeno. A Band, no programa da Renata Fan e Cia Ltda. desceu a ripa no jogador, falando que ele, do jeito que vai, não volta mais a jogar bola. O “comentarista” Neto chegou a frisar que Ronaldo só dá entrevista para a Globo (isso em rede nacional!)
O Globo Esporte nem tratou sobre o assunto. Preferiu deixar para o Jornal Hoje, com conteúdo jornalístico, para não falar policial, visivelmente inocentando o atacante do Milan.
Culpado ou inocente? Na real gosto muito do Fenômeno. Estava acostumado na minha adolescência a vê-lo brilhar. Com ele em campo literalmente não tinha placar em branco. Já com seus 30 anos parece que passou do ponto para um artilheiro que decide jogos.

Segue em anexo, release do site globoesporte.com

Ronaldo avisa que não irá mais à delegacia

O atacante Ronaldo voltou a divulgar um comunicado oficial nesta terça-feira para se defender da polêmica envolvendo travestis no Rio de Janeiro. Segundo o jogador, ele não irá mais à delegacia para depor, como espera o delegado Carlos Augusto Nogueira, titular da 16ª DP (Barra da Tijuca).
O craque do Milan afirmou ainda que seguirá com sua rotina normal no tratamento da cirurgia no joelho esquerdo. Confira a nota de Ronaldo na íntegra:

"Diante dos últimos acontecimentos, é necessário esclarecer primeiramente que não foi registrada nenhuma queixa-crime contra o atleta Ronaldo, o que encerra qualquer possibilidade de o jogador comparecer à delegacia. Militante de causas sociais, Ronaldo jamais foi usuário de drogas, sendo sempre idolatrado e admirado por crianças e adolescentes do Brasil e do mundo. Os indícios apontam para uma tentativa de extorsão, onde o atacante do Milan é a única vítima e, se necessário, tomará as atitudes cabíveis”. Tratamento: a rotina de Ronaldo continuará a mesma, com sessões de fisioterapia em três períodos diários: manhã, tarde e início da noite. O jogador já atinge 110 graus de movimento sem dor na articulação do joelho esquerdo e terá uma última consulta com o médico francês Gérard Saillant no início de maio, em Paris."

Por hoje era isso.
Sem mais, abraços.

Lucas Maraschim Matias

segunda-feira, 28 de abril de 2008

Jardel, drogas e Regis Roesing

(Foto de Jardel, nos tempos de artilheiro do Grêmio em 1996)


Sempre que vamos a um restaurante com a família, amigos ou namorada, brinco com os garçons. Aprendi com meu pai (de tantas coisas legais que ele já me ensinou, esta é mais uma delas) a chamar os garçons, sim aqueles que trazem bebidas, comidas e tals, de Jardel.
Meu pai (ainda não é velho, para chamar de velho pai) me explicou que Jardel era um grande garçon no futebol, atacante do Grêmio e do Vasco, que chegou até a jogar pela seleção brasileira, nos idos de 1996/1997. Fazia uma dupla imbatível com Paulo Nunes, na conquista da América pelo Grêmio em 1995.
Pois bem, ontem Jardel novamente foi destaque. Mas desta vez, o grande Jardel que fez várias crianças e jovens gremistas ficarem em êxtase com gols e grandes atuações, foi destaque como mais um jogador envolvido com drogas.
Hoje com 34 anos, Jardel concedeu uma grande entrevista para o ótimo Regis Roesing. O cara realmente é muito bom (falo aqui do repórter). Com uma pauta polêmica em mãos ele novamente mostrou porque é um dos melhores (senão o melhor) repórter esportivo do Brasil na atualidade.
Régis Roesing iniciou a reportagem, com duração de mais de 10 minutos, falando sobre a época em que conheceu Jardel. Por se tratar de uma matéria pessoal, de uma revelação bombástica do ex-craque, iniciou falando sobre quando conheceu o grande artilheiro Jardel. Novamente Regis Roesing foi brilhante. Mostrou que é um repórter diferenciado dos demais no mercado. Não limitou-se em contar o fato. Sim, o fato é que Jardel é mais um jogador envolvido com drogas. O atacante falou sobre seu envolvimento com a cocaína, a luta para se livrar dela e a vontade de voltar a brilhar nos gramados do país.
Regis Roesing contou ontem também com um repórter cinematográfico muito bom. Meu colega de faculdade Aroldo Pereira certa vez me disse que os câmeras brigam para trabalhar com Régis. Deve ser mesmo, pois a qualidade da imagem e do áudio devem andar juntos na TV.
Uma má notícia mas que soube ser trabalhada de forma maravilhosa por Regis Roesing. Merece um comentário. Jardel, depois de uma carreira de sucesso no Brasil e na Europa, jogador que acabou entrando em contato com as drogas, teve depressão e se separou da mulher possa voltar a jogar futebol. Jardel pediu uma chance de voltar ao Grêmio. Chance que de imediato foi rechaçada pelo vice de futebol André Krieger. Dos males o menor. Boa sorte para o Jardel. Que ele se livre da cocaína.
Por hoje era isso.
Boa segunda-feira a todos
abraços
Lucas Maraschim Matias

sexta-feira, 25 de abril de 2008

40 anos de 1968

Então. Para a aula de hoje do professor Rafael ele fez um questionário. Nós temos que responder uma série de perguntas e aquela coisa toda. Porém, uma das questões me chamou a atenção. 40 anos de 1968. Que Diabos é isso? hehehee
está aí pra vcs!
No ano de 2008 vamos celebrar 40 anos do que podemos chamar de "revoluções de 1968" que marcaram a sociedade mundial e foram essenciais para lutas como os direitos dos trabalhadores e das mulheres.
Os meios de comunicação já estão atentos a essa celebração e já começaram a publicar textos e imagens que discutem a importância global de 1968, a revista Época já fez sua parte.

Um pouco de História

Para quem não sabe o que o ano de 1968 significou para a sociedade aqui vai alguns dados para se situar:- As lutas que cercaram o mundo foram compostas por estudantes, trabalhadores e vários movimentos sociais;- A principal reivindicação era a igualdade social, problema apresentado em todos os países do globo inclusive, os ricos;- Nos EUA, a sociedade vai as ruas contra a Guerra do Vietnã que ainda estava longe de acabar;- No Brasil, a ditadura militar e todo seu “endurecimento” com o AI-5 eram alvo das manifestações;- O movimento feminista ganha força com a idéia de liberdade sexual e do controle da mulher sobre seu corpo;- Na França, os trabalhadores lutam por melhores salários e os estudantes defendem o ensino público;- O movimento hippie ganha força na tentativa de ir contra a sociedade de consumo;- Na Tchecoslováquia acontece a Primavera de Praga, levante nacional contra a dominação soviética, reprimida com muita crueldade pela URSS;- Mesmo não sendo caracterizada como uma revolução nos moldes tradicionais, 1968 pode ser chamado de ano das revoluções que mudaram sociedades e causaram rupturas;- Os manifestantes mantinham a ideologia socialista mas sem negar as atrocidades na Tchecoslováquia, portanto, pregavam uma sociedade livre de qualquer tipo de governo.Duas pichações feitas nos muros da Universidade de Berkeley em 1968, retratam os anseios dos manifestantes: a felicidade e a liberdade.
“A felicidade é o poder estudantil.”
“A ciência política não fala de felicidade.”
Fontes: Revoluções do século XX, Valladares, Eduardo &Berbel, Márcia. Editora Scipione. São Paulo, 2003.Toda a História-História Geral e História do Brasil, Arruda, José Jobson de ª & Piletti, Nelson. Editora Ática. São Paulo, 2004.
Bom final de semana
Lucas Maraschim Matias

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Procura-se um culpado

Texto do excelente Juremir Machado da Silva. Correio do Povo de hoje.

PROCURA-SE UM CULPADO

O assassinato da menina Isabella transformou-se em obsessão no Brasil. Há quem garanta que a culpa é da mídia. Passam-se os dias e o interesse permanece. O argumento dos que culpam a imprensa tem a sua parte de verdade, como todo sofisma. A morte brutal de uma criança branca e de classe média parece ter todos os ingredientes exigidos pela mídia para um reality show. A televisão, sempre tão aberta a folhetins violentos, tem explorado o acontecimento sem o menor pudor. Os espíritos mais lineares, nem por isso menos racionais e convincentes, comprazem-se em afirmar que outros assassinatos de crianças não ganham a mesma atenção. Há nessa competição pelo espaço reservado à morte uma perversidade incontida, como se uma espécie de luta de classes ressuscitada, ou uma busca doentia pela visibilidade no mundo do espetáculo, ultrapassasse todos os limites da vida. É certo que a mídia encontrou um assunto à altura dos seus apetites mais baixos. Mas, ainda assim, parece existir algo mais. O indiciamento do pai e da madrasta de Isabella abriu duas perspectivas opostas. De um lado, convencidos por antecipação, aqueles que, de certo modo, encontram uma satisfação mórbida na possível culpa do casal. De outro lado, sem razão fundamentada, aqueles que rezam pelo aparecimento da famosa terceira pessoa, um louco, um fanático, um desesperado, um desvalido qualquer capaz de modificar o curso dessa tragédia familiar e nacional. O aparecimento de um culpado estranho à família, um tarado, um psicopata, talvez viesse redimir o país inteiro. Se os pais, aqueles que devem proteger um ser indefeso, não forem os culpados, é possível que cada um de nós possa ingenuamente voltar a crer na humanidade.Há, com certeza, exagero nessa postura simplória. O problema é que muitos podem estar sentindo algo como um 'efeito Isabella'. Uma sensação de que o egoísmo do mundo atual atingiu o seu ápice. Termos praticamente fora de uso voltaram à tona com um sentido antes reservado aos contos de fada. É o caso de madrasta. Essa palavra, sem dúvida, caracteriza funcionalmente a situação de Anna Carolina Jatobá. Apesar disso, cada vez que é pronunciada remete a um imaginário tenebroso de bruxa má. Estaremos todos querendo expiar culpas transferindo-as ritualmente para uma madrasta? Ou, ao contrário, estamos sonhando com a inocência do casal para nos sentirmos também inocentados? A entrevista dada pelo casal à televisão, se a culpa dos dois for cabalmente provada, entrará para a história da cultura brasileira como um 'caso de escola'.Seria possível alguém mentir assim diante de um país inteiro? A alma humana foi observada pelo buraco da câmara. A Nação viveu um 'Big Brother' estarrecedor por meia hora. Chegamos ao máximo da obscenidade, a cena sem qualquer véu. Enquanto as ditas provas técnicas se acumulam, apresentadas por uma Polícia científica e que tudo deixa vazar, cresce o desejo sincero de muitos de que toda essa objetividade desmorone. Nada contra a Polícia. Nada em benefício de possíveis 'monstros'. Tudo em favor de um retorno da inocência, uma volta à ordem natural das coisas, com os pais de guardiões dos filhos. Até a hipótese do 'acidente' ou do surto, com uma estratégia posterior de encobrimento por desespero, encontra defensores honestos. Aceita-se tudo, menos a intenção de matar. Ou haverá gozo nacional na dor alheia.
Texto: Juremir Machado da Silva
Correio do Povo, página 4.
Edição de hoje, quinta-feira, 24 de abril de 2008.

Caso Isabella: Quem está com a verdade?


Novamente o caso Isabella é o fato. O Brasil inteiro pára observando e esquecendo de seus afazeres para saber quem foi que praticou um dos atos mais repugnantes da história (segundo a grande mídia) contra a menina indefesa.
Folheio a edição de hoje do Correio do Povo e, entre meio a euforia pela vitória maravilhosa do Inter ontem contra o Paraná, onde o Campeão do Mundo FIFA enfiou 5 na ex-toca, encontro fatos que movimentam trazem novas informações. Algumas coisas (a grande maioria) nós todos estamos cansados de saber, outras vem pintando com o passar dos minutos, sempre veiculados ferozmente pela imprensa.
Em uma página central do Correio do Povo, edição de hoje, leio que o programa “SuperPop”, de Luciana Gimenez, da Rede TV! (programa mais lixo que já vi!) recriou no estúdio, dias atrás, o apartamento dos Nardoni. Sim. Recriou o apartamento sem esquecer das camas e a rede da janela. Coisa de sensacionalismo idiota mesmo. Quem diria, o terremoto de 5,2 graus na escala Richter, que ocorreu com mais intensidade no estado de São Paulo, a potência da mídia, não recebeu tanta atenção quanto o crime da menina Isabella.
Acompanho também a revista Veja desta semana. Claramente, a capa já condena Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá. Um trabalho gráfico, uma capa preta, talvez para dar a impressão (sempre na subliminaridade) de um país em luto. Perdoem-me os amigos, mas a Record não consigo mais assistir. Até gostava do Balanço Geral, porém depois de algumas coisas que vi, “peguei nojo”(num linguajar bem regionalista).
A verdade é esta, estão procurando culpados. A mídia tem culpa? Talvez. A prepotência da justiça atrapalhou as investigações? Talvez. A verdade (perdoem-me o jargão), é que ninguém sabe 100% da verdade. Agora suspeita-se até que o local do crime foi “maculado”, pelo pai de Alexandre e pela irmã dele...
Texto:
Lucas Maraschim Matias

quarta-feira, 23 de abril de 2008

Rádio - citando Ferraretto



Então. Cada vez mais aperta o tempo, devido aos trabalhos de faculdade e as pesquisas do dito TCC. Estou vendo muitas coisas em livros para ter uma fundamentação teórica no meu tema, que envolve (lógico) o Rádio.
Cito aqui algumas colocações transcritas na página 23 do livro “Rádio – o veículo, a história e a técnica, de Luiz Artur Ferraretto. Um livro muito bom que faz uma avaliação, desde os índices de audiência do Rádio no Brasil e no mundo. Estou gostando da leitura e compartilho com vocês.

RÁDIO

Meio de comunicação que utiliza emissões de ondas eletromagnéticas para transmitir a distância mensagens sonoras destinadas a audiências numerosas. A tecnologia é a mesma da radiotelenovela (ou seja, transmissão de voz sem fios) e passou a ser utilizada, na forma que se convencionou chamar de Rádio, a partir de 1916, quando o russo radicado nos Estados Unidos David Sarnoff anteviu a possibilidade de cada indivíduo possuir em sua casa um aparelho receptor. Rabaça e Barbosa acrescentam ainda:

“Veículo de radiodifusão sonora que transmite programas de entretenimento, educação e informação. Música, notícias, discussões, informações de utilidade pública, programas humorísticos, novelas, narrações, de acontecimentos esportivos e sociais, entrevistas e cursos são os gêneros básicos dos programas. Serviço prestado mediante concessão do Estado, que o considera de interesse nacional, e deve operar dentro de regras preestabelecidas em leis, regulamentos e normas”.

É isso por hoje.
Boa quarta-feira a todos
Abraço!


Lucas Maraschim Matias

terça-feira, 22 de abril de 2008

Empate em casa adia classificação


Disputa pela bola na intermediária do Real/CTM
Jogada pela lateral-esquerda do Real

Na jogada Jossiel (9) e Marcelinho (11)
Atacante Jossiel Loquinho no arremesso lateral


EMPATE EM CASA ADIA CLASSIFICAÇÃO

Real Promorar não jogou bem e empatou em casa contra a boa equipe do Oeste/Verona de Chapecó na Baixada

Com o desfalque do artilheiro Chiquinho, somado a preocupação de ter 3 jogadores pendurados com 2 cartões amarelos o técnico Valdir mexeu novamente no esquema tático da equipe do Real Promorar no jogo do último domingo.
Voltando ao esquema 4-4-2 a equipe não teve a força necessária para vencer o adversário, o Oeste Clube Verona de Chapecó. Adversário que, aliás, conta com jogadores importantes como os ex-profissionais Zanata, Índio e Rodrigo Carlesso.
O jogo começou com o Real indo pra cima. Logo aos 5 minutos, Leandrinho, na primeira jogada pela direita passou com muita velocidade pelo lateral Fogueira e cruzou no primeiro poste para Marcelinho chegar empurrando para as redes: Real 1 a 0.
O Oeste acordou para a partida e passou a pressionar. A posse de bola era maior da equipe chapecoense, mas não se traduzia em gol. Aos 45 minutos após uma bola alçada para a área, a zaga falhou, reclamando impedimento e o atacante Índio, sozinho, só deslocou do goleiro Márcio. Tudo igual, 1 a 1.
O segundo tempo seguiu com o Real sendo pressionado pelo Oeste, mas graças ao goleiro Márcio o placar se mantia num empate. O atacante Jossi Loquinho perdeu a melhor oportunidade, numa bola na entrada da área chutando para fora.
Ao fim do jogo um princípio de confusão e muita reclamação com a arbitragem por parte dos atletas do Real Promorar. Reclamações a parte, o placar ficou tudo igual no 1 a 1 na Baixada. O empate obrigou a equipe cedrense a vencer seu último compromisso no próximo domingo na cidade de Campos Novos, contra o já eliminado Cooper Campos.


REAL PROMORAR/CTM MINOSSO
1 – Márcio
2 – Luizinho Valgoy (A)/13 - Lucianinho
3 – Robertinho
4 – Névio (A)
5 – Pão
6 – Marquinhos
7 – Leandrinho
8 – Mauricio (A)/ 16 – Gean Cristófoli
9 – Jossiel Loquinho/ 15 - ET
10 – Eider (A)/ 17 – Julio Wagner
11 – Marcelinho/ 18 - Carioca

Técnico: Valdir da Silva

OESTE CLUBE/VERONA
1 – Alberto
2 – Caibí
3 – Buiú
4 – Zanatta
5 – Cleidir
6 – Fogueira
7 – Gelsinho/18 - Bugica
8 – Edson Negão (A)
9 – Índio
10 – Rodrigo Carlesso (A)
11 – Souza/ 16 – Café

Técnico: Nelsinho

Árbitro: Carlinhos Centofante
Auxiliar 1: Ademir Tedesco
Auxiliar 2: Clóvis Guimarães (trio de Concórdia)
4º Árbitro: Nelson Pereira Matias
Delegado: Jocimar Besutti
Texto: Lucas Maraschim Matias

quinta-feira, 17 de abril de 2008

Quando o jornalista é notícia

Mais uma do observatório.
Esta escrita hoje, por Alberto Dinnes.
QUANDO O JORNALSTA É NOTÍCIA

A prisão do jornalista Roberto Cabrini, da TV Record, por tráfico de drogas, deve ser discutida com seriedade, distanciamento e responsabilidade. Em primeiro lugar, convém levar em consideração que a acusação de tráfico de drogas decorreu da negativa do jornalista em admitir que é usuário. Já que não é usuário, tem que ser obrigatoriamente traficante?
Se um policial à paisana é pego em flagrante com papelotes de cocaína não pode alegar que estaria tentando infiltrar-se no sistema de distribuição da droga? A informação prestada pela Rede Record de que seu funcionário trabalhava numa reportagem não é suficiente para garantir ao profissional o benefício da dúvida? E a informação da ex-namorada do jornalista garantindo que ele consumia drogas não invalida a tese de narcotráfico?
É evidente que a mídia não pode escamotear a informação de que o jornalista foi preso e as circunstâncias em que o fato ocorreu, mas é preciso escapar tanto do viés solidário como das disputas comerciais que envolvem as principais redes de TV.
O bem e o mal
A imprensa brasileira está passando por um dos seus momentos mais difíceis. Por um lado temos certas esferas governamentais incomodadas com a pressão da mídia no caso dos cartões corporativos, além disso certas parcelas da opinião pública estão indignadas com a cobertura do assassinato de Isabella Nardoni, que consideram preconceituosa e sensacionalista. Basta ver os resultados da urna eletrônica do site do Observatório da Imprensa com a cifra recorde de quase 16 mil votantes em pouco mais de 24 horas.
E, como se não bastasse, temos conhecidos jornalistas engalfinhados nos respectivos blogs e através da justiça em questões pessoais e morais que acabam inevitavelmente respingando na instituição.
Jornalistas não podem colocar-se acima do bem e do mal. Mas jornalistas não têm o direito de ignorar que podem estar sendo usados para desacreditar o jornalismo.

Caso Isabella, interesse público ou do público?

Texto de Lilia Diniz, escrito ontem no www.observatoriodaimprensa.com.br

Muito bom o texto, falando sobre o caso da menina Isabella. Compartilho em grande parte das idéias escritas abaixo.

A cobertura da imprensa sobre a morte da menina Isabella Nardoni, ocorrida em São Paulo, em 29 de março, foi o tema do Observatório da Imprensa exibido na terça-feira (15/4) pela TV Brasil e pela TV Cultura. Mais de 15 dias após o assassinato o caso ainda não foi solucionado, mas os meios de comunicação esmiuçaram a vida dos principais investigados – o pai da menina, Alexandre Nardoni e a madrasta, Anna Carolina Jatobá. O convidado do estúdio do Rio de Janeiro foi o jornalista Guilherme Fiúza. Em São Paulo, participaram o jornalista Marcelo Rezende e o advogado criminalista Carlos Kauffmann.

** Guilherme Fiúza, jornalista, assina um blog no site da revista Época, é autor do livro Meu nome não é Johnny, trabalhou no Jornal do Brasil, O Globo e no site NoMínimo.

** Carlos Kauffmann é advogado criminalista, mestre e doutorando em Direito Processual Penal, professor de Direito Processual Penal e autor do livro Prisão temporária.

** Marcelo Rezende, jornalista, é âncora do RedeTV! News, trabalhou em vários veículos do Sistema Globo de Comunicação e da Editora Abril. Na TV Globo, comandou o programa policial Linha Direta.

Na abertura do programa, Alberto Dines comentou os assuntos que estiveram em destaque na semana. No cenário brasileiro, confissão do jogador Adriano de ter marcado um gol com a mão depois de a mídia registrar a irregularidade; na Argentina, a criação de um Observatório de los Medios de Comunicación pela presidente Cristina Kirchner; e, também sobre o país vizinho, a tentativa de punir os criadores do desenho animado Os Simpsons por críticas ao peronismo (ver abaixo os tópicos de "A mídia na semana").
No editoral apresentado antes do debate ao vivo, Dines comparou a cobertura do caso de Isabella Nardoni a uma telenovela policial. A intensa cobertura dos meios de comunicação estaria transformando o país em um "fórum de Sherlocks Holmes". O jornalista avalia que e mídia está esquecendo de uma de suas funções, que é provocar a reflexão: "Ninguém quer pensar, prefere-se acusar, julgar e encerrar o assunto. Mas o interesse da sociedade é fazer justiça. Fazer justiça é uma das maneiras de encerrar este ciclo de crueldade pelo qual pouca gente está realmente se importando" (ver íntegra abaixo).

Os holofotes da mídia
O jornalista Alexandre Garcia, da TV Globo, acredita que a cobertura da imprensa sobre o caso Isabella pode determinar o resultado das investigações. "A própria quantidade de câmeras, microfones, de repórteres, de luzes de certa forma provoca uma excitação que influencia o promotor, os peritos, os policiais, a delegada, as testemunhas e isso pode alterar um pouco os fatos", disse, em entrevista gravada. Garcia recordou uma regra da rede de TV americana CBS, que aprendeu no início da carreira, que dizia que se o jornalista perceber que a sua presença está alterando os fatos, deve retirar-se.

A cobertura do caso da Escola Base foi relembrada no programa. Em 1994, o casal de proprietários da instituição de ensino, além de um professor e um casal de pais, foram acusados de abuso sexual de crianças. A mídia cobriu exaustivamente o assunto, parte dela prejulgando os investigados, mas o processo foi arquivado por falta de provas. Para o gerente de Jornalismo da TV Brasil em São Paulo, Florestan Fernandes Jr., a imprensa tentou ser mais cuidadosa no caso Isabella Nardoni, mas houve deslizes. Para o jornalista, em um caso que causa comoção há interesse em vender mais jornais e aumentar a audiências das TVs, não só no Brasil como no restante do mundo.

Alexandre Garcia disse ter ficado com um "pé atrás" depois do "fiasco" da cobertura da Escola Base, quando se culpou o casal de proprietários. A presença ostensiva da imprensa acabaria por provocar a tentação dos 15 minutos de fama em pessoas que dão declarações na cobertura. Para o antropólogo Roberto Albergaria, a mídia trata o caso como se estivesse elaborando uma novela ao misturar ficção e realidade. Albergaria também comparou a cobertura ao reality show Big Brother, onde os participantes são vigiados 24 horas por dia. O antropólogo destacou a vontade do espectador médio de ter uma "família feliz", mas sem observar os defeitos que ocorrem dentro delas – e observou que o caso chamaria mais a atenção dos meios de comunicação e da sociedade porque envolve uma criança branca.

Jornalismo como entretenimento
No debate ao vivo, o jornalista Guilherme Fiúza – que viveu uma situação semelhante quando seu filho pequeno morreu ao cair do colo da mãe, na varanda do apartamento onde moravam – analisou o comportamento da imprensa. Disse que é difícil avaliar a atuação da imprensa em bloco, existem atitudes diferenciadas dentro da instituição. O jornalista disse que é preciso escapar da tentação de santificar o ideal de imprensa. A mídia não seria apenas objetividade e informação, seria preciso aceitar que ela sempre terá um pouco de espetáculo e entretenimento. Fiúza afirmou que a opinião pública às vezes deseja levar a imprensa a uma abordagem que se desloca do foco da tragédia, transformando o assunto em um reality show. Para o jornalista, existe quem queira consumir o espetáculo e induza a mídia a este tipo de comportamento.
As autoridades prejulgam os acusados, na opinião de Marcelo Rezende, ao darem declarações irresponsáveis à imprensa. O jornalista rememorou a cronologia da cobertura do fato e criticou as autoridades que divulgaram percentuais de quanto o caso estaria resolvido. Rezende reprovou a atitude da delegada Maria José Figueiredo, que chamou o pai de Isabella de "assassino" no dia seguinte à morte da menina, quando Alexandre Nardoni registrou o boletim de ocorrência. Para ele, se a delegada tinha provas suficientes para acusá-lo, deveria tê-lo prendido em flagrante. Outro ponto levantado por Rezende foi o fato de que enquanto o inquérito estava sob sigilo, a todo instante autoridades passavam informações à imprensa.

O sigilo serviria, conforme explicou Carlos Kauffmann, para resguardar a própria investigação policial. Se a discussão pública acerca dos fatos pode prejudicar a investigação, então deveria ser assegurado o sigilo. O advogado criminalista avalia que o princípio não foi respeitado de fato, e foi assegurado apenas no âmbito formal. Para ele, aspectos da investigação foram trazidos a público aos poucos, e de forma paralela, por pessoas que nem sempre estavam diretamente envolvidas com as investigações. Laudos não entregues às autoridades foram vazados para a imprensa, deformando a opinião pública. Kauffmann advertiu que as pessoas que passaram informações precipitadas à imprensa tentarão provar que estavam corretas. Para o advogado, em tese, uma investigação que tenta provar que determinado suspeito é culpado está condenada ao insucesso.
Guilherme Fiúza contou que menos de duas horas após a morte do filho ele e a mãe da criança estavam presos no próprio apartamento, levados à condição de suspeitos, com dois policiais armados fechando a saída. Depois de um logo tempo, o acidente foi esclarecido. O embasamento dos "homens da lei" era o depoimento fantasioso de vizinhos que diziam ter escutado discussões entre o casal na noite anterior à manhã do acidente. Traçando um paralelo entre a sua experiência pessoal e a morte de Isabella Nardoni, o jornalista se disse impressionado com o primeiro momento, quando a opinião pública não sabe nada sobre aquela família e acha que pode julgar. Para Fiúza, "um vizinho diligente e um delegado falastrão são uma combinação explosiva". Marcelo Rezende disse testemunhas são "prostitutas das provas, não valem nada".

O papel da imprensa nas investigações
A primeira vez em que a mãe de Isabella foi depor chamou a atenção de Fiúza. A jovem quase foi derrubada pelo cerco de repórteres, fotógrafos e cinegrafistas que estavam de plantão em frente à delegacia. "Se você quase derruba no chão uma mãe que acaba de perder uma filha, você tem que voltar para casa se sentindo uma ameba", criticou o jornalista.

Marcelo Rezende questionou se, em um caso como o de Isabella, um repórter que recebe uma informação de uma autoridade constituída deve se omitir ou publicar. Dines disse que a decisão pertence à cadeia de comando do jornal, que ao repórter cabe trazer a notícia. Carlos Kauffmann considerou que a sociedade precisa estar bem informada e que isso não significa que a imprensa deva repassar as informações como se fossem verdades absolutas. E a imprensa deveria questionar porque a população não tem conhecimento jurídico. Kauffmann ressaltou que a imprensa tem um papel nobre e que precisa estar atenta ao interesse público, e não ao interesse do público.

***
A tragédia virou novela
Alberto Dines # editorial do Observatório da Imprensa na TV nº 457, no ar em 15/4/2008

Bem-vindos ao Observatório da Imprensa.

A tragédia da menina Isabella Nardoni converteu-se numa telenovela policial. Com a ajuda dos poderosos holofotes da mídia estamos transformando o país num imenso fórum de Sherlocks Holmes.
A violência contra uma criança de cinco anos vem sendo gradualmente esquecida, Isabella já não horroriza nem comove. Aparentemente esganada e em seguida jogada do sexto andar, Isabella tornou-se secundária. A vítima está importando menos do que o seu ou seus assassinos.
Ao contrário do que ocorreu há pouco mais de um ano, quando o menino João Hélio foi despedaçado pelas ruas do Rio, Isabella passou a ser mero pretexto para despertar o espírito detetivesco, tanto dos mediadores como dos mediados.
Uma das funções da mídia, entre outras, é fazer pensar. Mas, neste caso, ninguém quer pensar – prefere-se acusar, julgar e encerrar o assunto. Mas o interesse da sociedade é fazer justiça. Fazer justiça é uma das maneiras de encerrar este ciclo de crueldade pelo qual pouca gente está realmente se importando.

Um dia para o estilo jornalístico

(Foto: Prof. Leoní Serpa, Prof. Ricardo Pavan, Lucas Matias e Dr. Laudelino Sardá)


Publico hoje um texto (artigo) produzido pela professora, mestra em comunicação e coordenadora do Curso de Comunicação Social - Jornalismo da Unoesc SMO Leoní Serpa. O texto foi veiculado no Jornal Gazeta Catarinense, da colega Marcionize. Achei um grande trabalho e pedi para a professora se poderia colocá-lo aqui. Então, aqui está.

Boa leitura..


Um dia para o estilo jornalístico

Neste 7 de abril, comemora-se o Dia Nacional do Jornalista. A data evoca o trabalho do brasileiro Hipólito José da Costa Pereira Furtado de Mendonça, nascido na Colônia do Sacramento, território luso-brasileiro, hoje, Uruguai, em 1774, o qual deixou como legado fundamentos essenciais e uma influência positiva para o jornalismo e para a comunicação social brasileira. Nesta data, também se comemora o trabalho pioneiro de Hipólito da Costa frente ao Correio Braziliense, considerado o primeiro jornal brasileiro. Dia que marca ainda a fundação da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), no Rio de Janeiro, por Gustavo de Lacerda, com o nome de Associação de Imprensa. É, portanto, o Dia Nacional do Jornalista. Dos profissionais que aprenderam com o Período Paleolítico, e hoje com os meios cada vez mais sofisticados cumprem o seu papel de captar, registrar e divulgar as informações, na difusão da comunicação.
A história registra o nascimento do jornalismo no século XVII, mas podemos dizer que quando o homem, pela primeira vez, gravou uma figura desenhada na pedra, na parede da caverna (Período Paleolítico), representando uma cena do cotidiano daquele mundo em que se vivia apenas da caça e da coleta de alimentos, esboçou também, naquele instante, o que viria a ser a profissão de jornalista.
Com regras muito bem definidas, padrão de ética exigente e com um único compromisso, o de atender o cidadão, a coletividade e a cidadania, o jornalismo tem, como em todas as profissões, um estilo especial, com características muito bem claras: é direto, conciso, de fácil entendimento e acessível.
Como define o clássico da teoria do texto jornalístico, Luiz Amaral, “quando um jornalista escreve ou fala usa o mínimo de palavras e o máximo de explicação, correção, compreensão e exatidão”. Depois de todas essas definições, o leitor deve estar se perguntando: “Mas isso nem sempre acontece?”. Tem toda a razão. Nem todos conseguem, em todos os dias e em todas as horas, ser bons jornalistas; quando deixam de ser, falham. Há um esforço, no entanto, para buscar e encontrar a verdade, a objetividade e a imparcialidade. Há um esforço para atender a altos padrões de exigência técnica e de ética. Digo, esforço em buscar, porque nem sempre se tem e se está disposto a encontrar.
O mito da imparcialidade que se apregoou com a industrialização da notícia é, de fato, algo a ser buscado, encontrado e vivenciado. Ao contrário, corre-se o risco de ir de encontro aos interesses sociais, de não enaltecer o cidadão e as suas ânsias de melhores dias. Sendo assim, não há jornalismo, há, sim, privilégios ou depreciação, sensacionalismo, aquilo que telespectadores, ouvintes, leitores e apreciadores da informação, da notícia e dos acontecimentos reclamam constantemente. São reclamações sábias, de entendimentos que clamam por ética e verdade informativa. A responsabilidade por aquilo que informamos todos os dias é maior que a que temos por nós mesmos. Por isso, jornalismo é dedicação. Se a sociedade não está sendo sensata, mas cobra sensatez, o jornalismo tem de sê-lo. Se a política é falsa e defende interesses escusos, precisamos ir pela contramão do que está posto e investigar, se arriscar e trazer à tona a verdade.
Vivemos não apenas a chamada era do conhecimento (diria da quantidade de informações disponíveis), mas a do exibicionismo explicito, quando programas como “Big Brother” conseguem altas audiências. Em momento algum, na história, o ser humano almejou tanto se ver e querer ser visto. São os tempos do Orkut e das autopublicidades que muitas vezes entram em choque com o verdadeiro jornalismo informativo, que prioriza o fato e não o personagem que o originou.
O mundo evoluiu tecnologicamente de forma assombrosa. O jornalismo dos tempos do alemão Johannes Gutenberg, o mestre gráfico, que criou a impressão com caracteres móveis, não sucumbiu.
O jornal impresso chega aos 400 anos e amplia o jornalismo, dando espaços para novas formas de divulgação e difusão da notícia. Neste ano, comemoramos os 200 anos da Imprensa no Brasil – país onde o rádio se consolidou nos anos de 1930 a 1940 e a televisão a partir dos anos de 1950, pelo arrojado empresário das comunicações Assis Chateaubriand. Hoje, a Internet, com as centenas de blogs noticiosos, trazem mais opções informativas e a comunicação se dilata exigindo um jornalismo mais versátil. São mudanças que não ampliam apenas o mercado de trabalho, mas também exigem mais especialização e aprimoramento técnico e ético.
A data de hoje é oportuna para enaltecer aqueles que arduamente trabalham apurando, reunindo, selecionando e difundindo idéias, fatos e informações com clareza, rapidez e exatidão. É também o dia de todos aqueles que buscam informações atualizadas e de interesse público; que se informam pelos jornais, pelas rádios, pelas revistas, pela televisão e pela Internet.
Sem leitores, ouvintes, telespectadores e internautas não há jornalismo. Também não há sem os aguerridos e heróis profissionais que fazem a comunicação acontecer.


Leoní Serpa – jornalista e mestre em História. Coordenadora do Curso de Jornalismo da Unoesc - São Miguel do Oeste – SC. E-mail: coordjor@unoescsmo.edu.br.


Boa quinta-feira


Lucas Maraschim Matias

quarta-feira, 16 de abril de 2008

Cabrini é preso com Cocaína



Notícia amplamente divulgada hoje na mídia. Lamentável, uma pessoa que para muitos é um ícone do jornalismo investigativo e de um trabalho competente. Roberto Cabrini envolvido com drogas? Pode estar ele indo para o mesmo caminho do ex-jogador e ex-comentarista Casagrande de Globo?

Espero que não.


CABRINI É PRESO EM SÃO PAULO COM COCAÍNA

O jornalista ROBERTO CABRINI, repórter da Rede Record, foi detido na noite desta terça-feira na Zona Sul de São Paulo, de acordo com a Secretaria de Segurança Pública..
O delegado seccional de Santo Amaro, DEJAIR RODRIGUES, disse que o jornalista foi autuado em flagrante por tráfico de drogas e transferido...
O gerente nacional de comunicação da Rede Record, RICARDO FROTA, afirmou por volta das 22 horas e 40 minutos que CABRINI foi detido pela Polícia Civil para averiguações enquanto fazia uma reportagem investigativa...
De acordo com FROTA, CABRINI estava sozinho, sem carro de reportagem ou equipe de cinegrafistas, em um local na Zona Sul. FROTA disse que CABRINI usava o próprio carro no momento e que foram encontrados 10 papelotes de cocaína com uma pessoa que estava com o jornalista...*



Lucas Maraschim Matias

terça-feira, 15 de abril de 2008

Televisão, poder e linguagem andando juntos

Olá!
Hoje estou postando aqui um trabalho feito na disciplina de Telejornalismo I do dia 08 de março do ano de 2007. Primeiro semestre do ano passado, primeira cadeira do curso de tele. Quero agradecer ao meu amigo Thiago Dallavéchia pelo comentário no caso Isabela. Com vocês um artigo falando sobre a televisão.
UNIVERSIDADE DO OESTE DE SANTA CATARINA
UNOESC – CAMPUS DE SÃO MIGUEL DO OESTE
CURSO DE COMUNICAÇÃO SOCIAL – JORNALISMO
DISCIPLINA – TELEJORNALISMO I
PROFESSOR - EMANNOEL LOURENÇO 08/03/2007
ACADÊMICO – LUCAS MARASCHIM MATIAS

Televisão, poder e linguagem andando juntos

A Televisão é o meio de comunicação que mais cativa a atenção do público em geral. Imagens associadas com uma linguagem, em todos os gêneros de reportagens ou programas variados, trazem ao telespectador a noção real dos fatos em evidência.
A instantaneidade ou a velocidade com que as informações são repassadas faz com que o jornalista tenha que montar sua reportagem em um curto espaço de tempo. A rotina corrida é companheira diária dos jornalistas.
Tratando especificamente sobre jornalistas que atuam em televisão ou mídia on-line, a imagem deve estar associada à linguagem jornalística. Matérias de cunho social ou corriqueiras se bem trabalhadas rendem ótimas pautas.
Gostaria de utilizar aqui um exemplo do que é um bom repórter. Régis Roesing, um gaúcho que trabalha na TV Globo do Rio de Janeiro e faz reportagens esportivas. Na minha concepção, este profissional sabe muito bem utilizar e aliar imagem com a linguagem jornalística.
Ele usa e abusa em suas reportagens de uma técnica descrita por Roland Barthes (1915-1980) onde para se noticiar com emoção utiliza-se em diferentes aspectos a figura de uma criança, uma mulher e um idoso.
Na concepção de Barthes e, seguida de Roesing, esta forma de mostrar os fatos por três ou mais visões traz uma forma emotiva e real, apelando para o lado sensacionalista dos acontecimentos.
A imagem pode e deve ser aproveitada pela sua força, capacidade de convencimento e poder de expressão. A televisão, e agora a mídia on-line, são os únicos veículos que em que o telespectador pode estar nos lugares através das imagens, sem nem mesmo precisar sair do conforto da sala de casa.
A credibilidade das imagens, aliada também à do veículo e do repórter causam uma veracidade nos fatos narrados nas reportagens. Basta ao repórter saber trabalhar a linguagem jornalística e associa-la à imagem.
Lucas Maraschim Matias

segunda-feira, 14 de abril de 2008

Nem mesmo a chuva segura o Real

(Auxiliar número 1 - antes do final do jogo)

(vista do gramado - meados do segundo tempo ontem)

(Início do segundo tempo no Estádio da Baixada)

(Primeiro tempo com totais condições de jogo)

(O sempre perigoso Leandrinho - marcação forte ontem)


Nem mesmo a chuva segura o Real

Time enfrentou, além do Olympicus, uma forte chuva durante toda a segunda etapa e venceu a terceira partida consecutiva no Estadual de Amadores

Novamente uma tarde de domingo com futebol em São José do Cedro. Mas para quem foi no estádio da baixada foi uma tarde diferente. O segundo tempo, todo debaixo de muita chuva, acabou prejudicando o futebol. Mas esse prejuízo foi para ambos os lados.
A equipe do Real/CTM veio novamente precisando de uma vitória. Com pelo menos 3 desfalques o técnico Valdir promoveu as estréias do goleiro Gean, do lateral esquerdo Lucianinho, além do centroavante Carioca. O jogo começou com o Real dominando, mas tomando sufoco na bola aérea.
Logo aos 7 minutos do primeiro tempo, Chiquinho, o goleador do Real na competição fez um golaço. Numa bola rebotada de defesa, ele pegou de fora da área em cheio, de perna canhota na gaveta do arqueiro de Xanxerê. O Real continuou em cima, perdendo algumas chances.
Aos 25 minutos, após boa triangulação entre Eider, Zé Roberto e Carioca, o centroavante ficou na frente do goleiro e teve muita calma e categoria para colocar a bola rasteira, no cantinho esquerdo. Carioca, Real 2 a 0. A partir daí a equipe do técnico Valdir da Silva se acomodou e passou a levar sufoco.
Aos 31 minutos, após uma cobrança de escanteio a bola sobrou para o atacante de Xanxerê Juninho, descontar e colocar fogo no jogo. Mas um adversário a mais surgiu para as equipes: a chuva.
A partir dos 35 minutos do primeiro tempo ela caiu intensamente na baixada em São José do Cedro prejudicando os ataques de ambos os times. Os jogo seguia com os dois times tocando a bola. Na segunda etapa a chuva aumentou ainda mais (vejam fotos) e o arbitro chegou a chamar os capitães para analisar a chance de parar a partida. Mas o jogo seguiu sem mais emoções e o placar ficou mesmo em 2 a 1 para o Real/CTM.

REAL PROMORAR/CTM MINOSSO
1- Gean
2 – Luizinho Valgoy
3 – Robertinho
4 – Névio (A)
5 – Pão
6 – Lucianinho
7 – Leandrinho
8 – Eider
9 – Carioca/17 - Marcelinho
10 – Zé Roberto/13 – Gean Cristófoli
11 – Chiquinho/18 – Jossiel Loquinho

Técnico: Valdir da Silva

OLYMPICUS/XANXERÊ
1 – Mamá
2 – Sole (A)/14 - Leno
3 – Cleumir
4 – Nilmar
5 – Seco
6 – Fernando
7 – Rúbio (A)
8 – Zeca
9 – Juninho
10 – Ivandro
11 – Nando

Técnico: Francisco Riphe

Árbitro – Odair José Batistelo
Auxiliar 1 – Silvério Luis Eichwald
Auxiliar 2 – Lício Pedro Schabarum
4º árbitro – Orlei Lamb (Todos de Maravilha)


Texto: Lucas Maraschim Matias

sexta-feira, 11 de abril de 2008

Tratamento diferenciado do caso Isabella


Tratamento diferenciado do caso Isabella


Novamente utilizo este espaço para falar sobre o caso que chocou o Brasil. Seria chover no molhado repetir detalhes do crime da menina Isabella Nardoni, de 5 anos. Quero me reportar agora a diferenciação do caso. Agora a pouco, das 12:45 até as 14:00 horas, estava zapeando canais, na televisão sempre entre Globo e Record.
É nítido o envolvimento destas emissoras no caso. Começo falando e tratando sobre a poderosa Rede Globo de Televisão. Ancorados no ‘Jornal Hoje’ por Evaristo Costa e Sandra Annemberg a direção de jornalismo da emissora fez uma grande operação para acompanhar a saída de Alexandre Nardoni e Ana Carolina Jatobá das delegacias. Sim, pois como sabemos hoje, após 8 dias de prisão, eles conseguiram um hábeas corpus de soltura. Com um time de repórteres posicionados em mais diversos lugares foi feito um giro sobre o fato e os últimos acontecimentos.
Já no caso da Record, dentro mais especificamente do programa ‘Balanço Geral’ (que acompanhei) percebemos que o comando de Geraldo Luiz, dividindo espaço na tela e no estúdio com Percival de Souza tínhamos um time de repórteres (em maior numero) sedentos pela informação, pelo furo, pelo mínimo detalhe do fato.
Aí é que entro e faço um adendo. Percebi, e acredito que não é tão difícil assim, que a Rede Globo, como segue sua linha editorial, fez do caso algo jornalístico, como manda o figurino, sem um estardalhaço de parar o Brasil. Já a Rede Record mostra sua linha: um jornalismo comentado, baseado nos conhecimentos de Percival de Souza e no carisma inegável e no poder de presença no vídeo de Geraldo Luiz.
A Record, caros amigos (Balancem comigo!) apela para o sensacionalismo puro, nu e crú. Estou obviamente dando a minha opinião sobre o que percebi mas gostaria que você que está lendo o blog neste momento pensasse sobre o assunto. Quem sou eu para defender a Rede Globo (não ganho para isso), mas o jornalismo feito pela plim-plim tem talvez um caráter de “emissora séria”. Posso estar errado, pode ser a linha editorial do jornalismo de cada uma, mas foi a minha percepção do fato hoje.
Tenho dito

Boa sexta-feira.

Lucas Maraschim Matias

quinta-feira, 10 de abril de 2008

Pai de Alexandre Nardoni concede entrevista

(Geraldo Luiz - Balanço Geral da Record)




Pai de Alexandre Nardoni concede entrevista ao Balanço Geral

Estava ontem no começo da tarde em casa e pude acompanhar mais um capítulo da história do caso que mexeu com o Brasil. A morte da menina Isabella Nardoni. Estava Geraldo Luiz (foto), o comandante do “Balanço Geral” da Rede Record de Televisão (São Paulo), tratando sobre o assunto com seu comentarista Percival. Quando (fiquei surpreso) a produção do programa comunica ao âncora que o pai de Alexandre, Antônio Nardoni, estava ao telefone e queria participar ao vivo do programa para uma explicação sobre os fatos.
Antônio, que é advogado tributarista, explicou em uma entrevista de aproximadamente 40 minutos ao vivo, em rede nacional, o sofrimento que a família estava passando, por este fato trágico.
Uma entrevista ao qual o pai de Alexandre, esclarece fatos levantados por Percival. Dados técnicos de que a polícia havia vistoriado os apartamentos do edifício onde a menina foi arremessada do sexto andar. Pode ter sido um início sem muita pilha, mas o ancora Geraldo Luiz soube explorar de forma brilhante o lado sentimental do caso, tratando Antonio Nardoni como o pai de uma pessoa que havia sido condenada e escrachada pela opinião pública.
Sim amigos, Alexandre Nardoni, na minha humilde opinião, já foi julgado e condenado. Não pela justiça, mas sim pela sociedade que já deu pena de morte para o advogado que não conseguiu (ainda) passar no exame da OAB.
A produção do programa fez do fato um show de sensacionalismo. Com as palavras do âncora pausadas, utilizando trilhas, e fazendo expressões faciais de comoção percebeu-se claramente o interesse do programa em explorar (muito) a entrevista com Antônio Nardoni para abocanhar a audiência rotativa da TV.

Grande jogada da Record e do programa Balanço Geral. Eu me atreveria a dizer que o programa teve uma entrevista por telefone que caiu do céu de pára-quedas.
Agora. Se de fato Alexandre Nardoni é inocente, isso somente nos próximos dias saberemos. O que me resigno a dizer é que a mídia já fez um pré-julgamento do caso, condenando o pai e a madrasta (Ana Carolina Jatobá).
Tenho dito.

Sem mais
Abraço a todos.

Lucas Maraschim Matias

quarta-feira, 9 de abril de 2008

O homem do futuro

Posto agora um trabalho apresentado para a professora Leoní Serpa
era para ser um texto de revista.

Lucas Maraschim Matias
Trabalho de Redação Jornalística V
Professora Leoní Serpa
Dia: 10-03-2008

O homem do futuro

O que o mundo globalizado exige para quem quer vencer na vida?

Todos querem saber de fato qual a profissão específica que se destacará neste século XXI. A situação econômica que passa o trabalhar nas mais variadas partes do país reforça ainda mais a preocupação. Onde trabalhar? Em que atuar? Investir em uma universidade ou em cursos profissionalizantes?
A globalização é a grande tônica do século que acaba de entrar. A velocidade das informações, as negociações que envolvem as mais variadas etnias, seja no âmbito social, econômico, bélico ou militar inegavelmente exigem um algo a mais de quem comanda estas áreas.
Para o professor doutor em Teoria da Literatura Abele Marcos Casarotto, da Unoesc Campus de São Miguel do Oeste o profissional do século será aquele que tiver uma série de fatores. A começar pela língua estrangeira. “Hoje é inevitável que o adulto brasileiro que quiser ser bem sucedido terá que dominar no mínimo duas línguas”, ressalta.
Balançando lentamente sua caneta vermelha na mão direita, Casarotto salienta ainda que o profissional precisa aprender a conviver com o diferente, em relação à cultura, religiosidade, política, mando de poder. Outro fator preponderante para o professor é o valor mínimo da graduação. “Quem não tiver uma universidade, um diploma de terceiro grau, precisa ser muito bom no que faz”.
O professor aumenta o tom da voz, sem perder a elegância, salientando que todos precisam ser bons no que fazem. “Um grande profissional não terá 100% de chances de ser bem sucedido senão tiver um algo a mais e uma multifuncionalidade para atuar”.

O fracasso é relativo ao tempo e ao espaço
O estudante de direito do décimo primeiro período da Unoesc Éderson Tavares de Souza, de 25 anos, é rápido ao afirmar que o profissional do século XXI é o marketeiro multinível. O rapaz apressa-se para tentar explicar que este profissional é uma vítima do sistema econômico do país. “À medida que o profissional recebe um salário ao qual julga baixo, vai procurar outras fontes de renda em áreas que não são as suas de origem. Nem por isso ele produz um trabalho de baixo nível. Mesmo sem profissionalização ou diploma ele é destaque em todas as áreas”.
Entre bancos e carteiras da universidade, o rapaz destaca que o fracasso em uma área profissional é temporário e depende da idade da pessoa. “O fracasso existe para todos em todas as áreas. Vai da pessoa não permitir que este mal faça parte da sua vida”.

BOX
José Fernando de Souza, pai de Éderson, saiu do interior do Rio Grande do Sul, rumando para a capital Porto Alegre com apenas 15 anos. Hoje já com cabelos grisalhos e um olhar cansado, o homem conta que na época tinha apenas o ginásio escolar. Iniciou na vida profissional como pedreiro em uma empresa pela parte do dia e a noite era cobrador de ônibus. Em um período de 3 anos passou de pedreiro na empresa para gerente e sócio majoritário. “Entrei ganhando meio salário mínimo e como gerente cheguei a ganhar 30 salários”, orgulha-se. Souza ficou 10 anos como gerente, quando a empresa faliu. Sem renda para sustentar a família virou comerciante e hoje em dia é trabalhador assalariado em Porto Alegre. “A vida prega peças mas o importante é não desistir”.

terça-feira, 8 de abril de 2008

Dia Nacional do Jornalista


Fenaj e sindicatos lembram Dia do Jornalista e pedem nova Lei de Imprensa




A semana começa em festa para a imprensa. Dia 07/04, especialmente esta segunda-feira, lembra os 100 anos da Associação Brasileira de Imprensa (ABI), que vem realizando uma série de eventos para lembrar a data tão especial, e também é Dia do Jornalista. A Federação Nacional de Jornalista (Fenaj) e sindicatos espalhados por todo o País emitiram, juntos, um comunicado para falar da liberdade de imprensa e da democracia na comunicação.
As entidades pedem a elaboração de uma nova Lei de Imprensa, o fim da violência praticada contra jornalistas, a valorização da profissão e a criação de uma Conferência Nacional de Comunicação.
Leia o comunicado na íntegra:
“Hoje nós somos a pauta, em defesa da liberdade de imprensa e da democracia na comunicação Conscientes da sua função social, na qual se destaca a responsabilidade de defender o direito do cidadão à informação de qualidade, ética, plural e democrática, os jornalistas brasileiros comemoram o 7 de abril reafirmando as grandes lutas que, ultimamente, têm marcado a nossa pauta: a exigência de uma nova Lei de Imprensa e do fim da violência e ataques contra as liberdades de expressão, do jornalismo e dos jornalistas; a construção de uma Conferência Nacional de Comunicação com participação da sociedade; a garantia das conquistas da categoria e o avanço na valorização da profissão.
Ratificamos a necessidade imperiosa de uma nova Lei de Imprensa em substituição a um dos entulhos da ditadura, a Lei 5.250 que já existe há 40 anos e além de ultrapassada, não atende aos interesses do jornalismo, da categoria e da sociedade. A FENAJ e seus 31 Sindicatos filiados defendem a imediata aprovação do PL 3.232/92, o chamado substitutivo Vilmar Rocha, que dorme na Câmara dos Deputados há mais de 10 anos, pronto para a votação em plenário desde agosto de 1997.
Conclamamos outras entidades representativas da sociedade e a categoria dos jornalistas como um todo para aderirem à campanha que a Federação e os Sindicatos dos Jornalistas já desenvolvem, com o objetivo de sensibilizar o Congresso Nacional e os parlamentares federais em cada estado para a urgência de revogar a lei atual e substituí-la por uma nova e democrática Lei de Imprensa.
Acreditamos que a aprovação desta nova Lei faz parte das nossas lutas-maiores pela liberdade de imprensa e democracia na comunicação no Brasil, que vêm sofrendo ataques através das mais diversas formas de violência contra o jornalismo e os jornalistas: censuras e cerceamentos econômicos, políticos, sociais e morais externos ou pelos patrões, intimidações, perseguições, assédios judiciais, agressões verbais e físicas por agentes públicos e privados descontentes com a cobertura jornalística sobre seus atos e interesses.
Reafirmamos que igualmente é nossa tarefa cotidiana - e na qual também colocamos imenso empenho - construir a realização de uma Conferência Nacional de Comunicação ampla, democrática, com efetiva interferência da população brasileira. Uma Conferência que envolva representação da sociedade civil, do governo e do empresariado, com três eixos temáticos: meios de comunicação, cadeia produtiva e sistemas de comunicação.
Neste 2008, quando celebramos 200 anos de imprensa no Brasil, 70 anos da nossa primeira regulamentação profissional, 100 anos de fundação da ABI e 90 anos do primeiro congresso nacional da categoria, também assinalamos como agenda diária dos jornalistas a denúncia do arrocho salarial, do desemprego e da precarização das relações trabalhistas e a reivindicação de melhores condições de trabalho. Com o mesmo peso, pautamos a defesa da obrigatoriedade da formação universitária especifica, um dos pilares da nossa regulamentação, e da constituição de um Conselho Federal dos Jornalistas que, como os demais conselhos profissionais existentes no país, garanta à nossa categoria a auto-regulação da profissão.
A FENAJ e seus Sindicatos, neste 7 de abril de 2008, nosso Dia, parabenizam os jornalistas do Brasil - profissionais e professores -, além dos estudantes de jornalismo. Celebramos com vocês e com a sociedade, cujo direito à informação é a razão maior das nossas grandes e pequenas lutas, as vitórias já alcançadas ao longo destes 200 anos de imprensa no país. Ao mesmo tempo, fazemos uma convocação: pelo papel social desempenhado pelo jornalismo e jornalistas, continuemos firmes nas batalhas pelo fortalecimento e valorização da profissão, pela liberdade de imprensa e democracia na comunicação.


Brasília, 7 de abril de 2008.

segunda-feira, 7 de abril de 2008

Leandrinho comanda vitória do Real na Baixada




Leandrinho tenta jogada pela direita


Lateral Luizinho Valgoy cobra lateral


Leandrinho comanda vitória do Real na Baixada

Com uma atuação de gala do atacante equipe cedrense vence a segunda partida no estadual de amadores

Um público de mais de 400 pessoas esteve ontem a tarde na Baixada em São José do Cedro para incentivar o Real Promorar/CTM Minosso em mais uma partida pelo estadual de amadores de Santa Catarina.
O Real precisava da vitória. Novamente a equipe com atletas diferentes e sem tanto entrosamento dificultou o início de partida do time do Promorar. Já o adversário, o bom time do Juventus de Seara tinha dois desfalques: o meia Júnior e o lateral esquerdo Baggio.
Mesmo assim, quem foi até o estádio acompanhou um grande jogo. Logo nos primeiros minutos a equipe de Seara foi melhor, e abriu o marcador com um chute de fora da área desferido pelo volante Leal, aos 9 minutos do primeiro tempo.
O Juventus era melhor, dominava a partida e perdeu algumas chances ainda no primeiro tempo. Em esporádicos ataques, comandados sempre por Leandrinho, a equipe do Real assustava tanto o goleiro Michael. Mesmo com pouca criação a equipe cedrense conseguiu empatar.
Após boa jogada do meio campo Julio Wagner, ele foi derrubado no bico da área. Leandrinho pegou a bola e cobrou a penalidade como manda o figurino. Goleiro num canto bola no outro. 1 a 1 aos 35 minutos do primeiro tempo. Este era o placar da primeira etapa.
No segundo tempo o técnico Valdir mostrou que conhece o elenco. Mexeu bem logo nos primeiros minutos, promovendo a entrada do lateral esquerdo Lucianinho, além de Jossiel Loquinho e Pulila. O time ganhou mais movimentação. Logo em seguida ele colocou o xodó dos torcedores, o atacante Ronaldo Carioca. Com Leandrinho de um lado e Carioca de outro a zaga do Juventus não suportou a pressão.
Após toda trabalhada pelo ataque cedrense, Leandrinho foi derrubado dentro da área. Mais um pênalti. O “garoto da hora” pegou a bola, bateu o pênalti e colocou no canto do goleiro, de virada Real 2 a 1, aos 26 minutos do segundo tempo. O placar poderia ter sido movimentado, pois as equipes perderam ótimas chances, mas ficou mesmo nisso.

Jogadores comemoram muito a vitória

Após a partida os atletas foram unânimes, mesmo com uma atuação longe da perfeição em destacar que o importante são os três pontos. “Eu acredito que a equipe jogou bem. O importante é vencer em casa”, destacou o zagueiro Pão. Júlio Wagner destacou o empenho do grupo do Real afirmando que “quando todos se empenham e se ajudam a vitória fica mais fácil. Foi uma vitória na garra”. O mais comemorado novamente foi o atacante Leandrinho, que ao final da partida, só sorrisos, comentou: “estou vestindo esta camiseta para ajudar sempre. Me empenho em busca de gols”.

REAL PROMORAR/CTM MINOSSO
1 – Márcio
2 – Luizinho Valgoy (A)
3 – Robertinho (A)
4 – Névio
5 – Pão
6 – Maurício (A)
7 – Leandrinho (A)
8 – Gean – 13 Lucianinho
9 – Chiquinho – 17 Jossiel Loquinho
10 – Julio Wagner (A) – 18 Carioca
11 – Eider (A) – 16 Pulila

Técnico: Valdir da Silva

JUVENTUS/SEARA
1 – Michael
2 – Allan (A)
3 – Anderson (A)
4 – Índio (A)
5 – Maicon (A-V)
6 – Marcelo
7 – Aratiba – 14 Dentinho
8 – Leal
9 – Beltrão
10 – Guto – 13 Pablo
11 – Marcelo Fatori

Técnico: Valcir Rebelatto

Árbitragem: Adecir Ivanor Ferreira
Auxiliar 1 – Gerson Brutscher
Auxiliar 2 – Joel de Sousa Neto
4º Árbitro – Nelson Pereira Matias
Boa terça-feira
Lucas Maraschim Matias

Futebol é coisa séria

(Foto: Correio do Povo)


Nesta segunda-feira utilizo a coluna desta pessoa fantástica que considero pelo seu trabalho.

Falo de Juremir Machado da Silva, colunista do Correio do Povo. Ele, que também atua na Famecos/PUC mostra que conhece das coisas. Com vocês ele analisa a derrota do Grêmio pelo Juventude ontem, em pleno Olímpico. Palavras de um colorado. Sugestão do meu colega Samaroni Muller.


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"Fui obrigado a trocar o meu texto desta segunda-feira. Tirei um assunto de saúde pública para falar de esporte. Futebol é coisa séria. Talvez o que haja de mais sério num país pouco sério como o Brasil. Eu não poderia deixar de tratar desse tema num dia tão cheio de significados. Não fujo às minhas altas responsabilidades. A história me cobraria se não me manifestasse. Aqui vai. O Juventude eliminou o Grêmio do Campeonato Gaúcho, no estádio Olímpico, por 3 a 2. No 'Terceiro Tempo', da Rádio Guaíba, na última quinta-feira, eu havia previsto 4 a 0 para o time de Caxias, embora torcesse, por força das circunstâncias, pelos tricolores. Nada mais insuportável que torcer pelo Grêmio. É simples de entender. O Juventude só ganhou do Grêmio por ser touca do Inter. Fez isso apenas para tentar nos humilhar numa final de Gauchão. Deu a lógica. Cada vez que um colorado torce sinceramente pelo Grêmio, a frustração é certa.Grêmio e Juventude não são confiáveis. O resultado de ontem é uma espécie de conspiração contra o Inter. Juventude e Grêmio fizeram o pior pelos colorados. Mas o Juventude, no seu gremismo insuperável, fez de tudo para entregar o jogo no final. Com dois homens a mais e o resultado favorável, a equipe de Caxias tinha a obrigação de meter seis. Não quis. Recusou-se. Empacou. Sentiu-se constrangida. Quase pediu desculpas. O matador Mendes teve a bola do quarto gol e decidiu não marcar. Assinou ali o seu contrato com o Grêmio. O empate só não aconteceu por causa da arbitragem. Se o juiz tivesse dado mais dois minutos de acréscimos, o que seria justo, o Grêmio estaria classificado. O esforço do Juventude para deixar escapar a vitória é digno de entrar numa antologia. Sei que é inconsciente. Estou convencido de que o futebol profissional não comporta esse tipo de romantismo. Mas está no DNA do Juventude entregar para o Grêmio. Que fazer? Cabe ao cronista descrever os fatos.Se o jogo tivesse sido contra o Inter, nas condições em que terminou, o Juventude teria feito 8 a 1. Não por debilidade dos colorados. Simplesmente por desejo de superação. Ao eliminar o Grêmio, quando ninguém esperava tal atitude, o Juventude mostrou todo o seu gremismo. A vida é assim, paradoxal e enigmática. Não estivesse o treinador Zetti há apenas duas semanas no Rio Grande do Sul; portanto, ainda não contaminado pela maldição tricolor do Juventude, e tudo poderia ter sido diferente. Se há um culpado, desculpem pela delação, é Zetti. Eu acompanhei e descrevi a transformação do Juventude em campo. À medida que ampliava o escore e via o adversário perder jogadores, o Juventude encolhia, intimidava-se, recuava para o seu campo. Terminou encurralado, sufocado, asfixiado, salvo pelo gongo.O Rio Grande do Sul acompanhou ontem a Batalha do Olímpico. Viu-se um Juventude superior aflito pela sua impossibilidade de perder. Espero que os cineastas gaúchos não percam a oportunidade de fazer um documentário sobre esse episódio singular da nossa história. Algo que só pode ser comparado à surpresa ou traição de Porongos, na Revolução Farroupilha. Deu tudo errado. O vencido contou com a colaboração do vencedor, que, surpreso, tentou desvencilhar-se da vitória. Não conseguiu, tal era a sua involuntária superioridade. Nenhum documento poderá explicar no futuro o ocorrido na Azenha. Prova de que a existência é sempre mais complexa. Nunca vi declaração maior de um amor por um clube".
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Juremir Machado da Silva

sexta-feira, 4 de abril de 2008

99 anos de Inter - Parabéns



Hoje o clube do Povo, Sport Club Internacional completa 99 anos.

Meus parabens, como colorado!


Histórico do Clube do Povo


A origem do Sport Club Internacional está associada a três integrantes da família Poppe: Henrique, José e Luis. Eles chegaram a Porto Alegre, em 1908, vindos de São Paulo, foi fácil abrir uma loja de roupas e logo começar a ganhar dinheiro. A capital gaúcha se modernizava e progredia rapidamente. Desde o fim do século XIX, possuía fábricas de máquinas, tecidos, móveis e cerveja; há quatro anos os bondes elétricos tinham substituído os puxados a burro; acabava-se de instalar iluminação elétrica em todas as ruas do centro; e a população havia saltado de 73 000 habitantes em 1900 para 120 000 naquele ano de 1908.
Difícil mesmo para os Poppe foi serem aceitos como sócios em algum clube da cidade. Jovens de 20 e poucos anos, eles queriam praticar esportes, de preferência o futebol. Mas o Grêmio, que já existia há seis anos, se fechou para eles. E também os clubes de remo, de tiro, de tênis. A desculpa era sempre a mesma: gente recém chegada, pouco conhecida... Aí, os irmãos Poppe se irritaram e resolveram fundar seu próprio clube. Começa assim a história do Sport Club Internacional.

A Democracia


Os discursos ouvidos nas reuniões sempre giravam em torno de um princípio muito importante para os Poppe e para aqueles que ali estavam. O Internacional estava sendo criado para brasileiros e estrangeiros, uma clara alusão à política de discriminição dos outros clubes de Porto Alegre. E esta democracia de acesso muito cedo oferecida pelo Internacional é a melhor explicação para o fato de que estudantes e empregados do comércio predominassem como jogadores do time. A cada domingo crescia o núcleo dos que iam apoiá-los contra seus adversários.

As cores do Venezianos, o alvi-rubro do Inter surgiu do Carnaval

Nem todos ficaram de acordo com a cor da futura camisa do Clube. Subdividiram-se em dois grupos como fora o carnaval daquele ano, a decisão veio do carnaval de rua entre Venezianos e Esmeraldinos, um vermelho, outro verde. Justamente as cores pretendidas, ou uma ou outra. O resultado da votação tirou da ata de fundação os que defendiam o verde. Mas o racha não esvaziou a reunião, muito menos o Clube. Ficou vermelho e branco para o resto da vida. E, ao contrário dos times de guris que viram o clube de salinha e campo emprestado, o Internacional cumpriu o esforço de eternidade de seu ato de fundação e já completa 98 anos de existência, uma promessa talvez muito maior que a dos Poppe e dos seus amigos do 2º Distrito.

Como nasceu o símbolo colorado?

O primeiro símbolo do Sport Club Internacional era formado com as iniciais - SCI - bordadas em vermelho sobre o fundo branco, sem a borda também vermelha que apareceu logo em seguida. Já na década de 50 aconteceu a inversão, com a combinação de letras passando a ser branca sobre o fundo vermelho. Hoje, sobre o distintivo, o clube ostenta orgulhosamente as suas seis estrelas: três campeonatos brasileiros, uma Copa do Brasil, a Copa Libertadores da América e o título Mundial Interclubes.

Primeiros dirigentes: entre eles, um presidente de 17 anos


O primeiro presidente do Sport Club Internacional surpreendia pela idade. João Leopoldo Seferim tinha 17 anos quando foi eleito para comandar o Clube. Mas, o presidente de honra tinha que ser mais velho e com prestigio indiscutível na cidade. E assim ocorreu. Foi escolhido para o cargo o diretor da Limpeza Pública e líder político distrital, capitão Graciliano Ortiz, para vice-presidente, Pantaleão Gonçalves de Oliveira. Legendre das Chagas Pereira, 1° secretário; Manoel Lopes da Costa, 2º secretário; Antonio Cícero, 1° tesoureiro; Waldemar Fachel, 2° tesoureiro; Henrique Poppe Leão, orador oficial; e Irineu dos Santos Luis Madeireira Poppe, e Alcides Ortiz, integrantes da comissão de campo completavam a diretoria

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Polícia pede prisão de pai e madrasta de menina que morreu após cair de prédio

(Foto: TV Globo: reprodução)




Agora aqui no Blog posto uma matéria do site da globo.com falando sobre o fato que toma conta de todos os veículos de comunicação nacional (principalmente televisão) nesta semana.


O caso da menina Isabella que morreu "misteriosamente" após cair do sexto andar. Pelo que se percebe há um julgamento pré-determinado de que o pai e a madrasta estejam envolvidos no caso. É a impressão que tem-se após as análises feitas nas entrelinhas de programas como o 'Balanço Geral' da Record com Geraldo Luiz, além dos noticiosos da Record News.


Tive a oportunidade de acompanhar agora no começo da tarde e me surpreendi com a atenção que a toda poderosa Rede Globo de Televisão tem dado ao fato. Confesso que não esperava tanto, haja vista que, em alguns momentos a exploração desta notícia/fato chega a ser sensaionalista.


Vamos a matéria da Globo.com


Polícia pede prisão de pai e madrasta de menina que morreu após cair de prédio


Autoridades investigam se Isabella foi agredida e arremessada ou se ela jogou-se do sexto andar


A Polícia Civil de São Paulo pediu na tarde desta quarta-feira a prisão preventiva de Alexandre Nardoni, 29 anos, e Anna Carolina Trotta Peixoto Jatobá, 24 anos, pai e madrasta da menina Isabella Nardoni, de cinco anos, que morreu após cair de um prédio no sábado.


A informação foi confirmada pela assessoria de imprensa do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), que não soube informar qual o prazo para o juiz tomar a decisão se aceita ou não a prisão do casal. Na terça-feira, o advogado dos dois, Ricardo Martins, afirmou que seus clientes são inocentes.


A polícia investiga se Isabella foi agredida e arremessada antes de o corpo dela ter sido encontrado no jardim do edifício ou se ela se jogou do sexto andar do prédio no Carandiru, em São Paulo. Na terça, a polícia informou que o apartamento do pai da menina deve passar por uma nova perícia.


Na tarde de hoje, a delegada seccional da Zona Norte de São Paulo, Elizabeth Sato, defendeu cautela na apuração dos fatos, segundo informou o site G1. Ela considerou que a investigação de homicídio pode tornar-se complexa. Também nesta quarta-feira, a mãe de Isabella, Ana Carolina de Oliveira, prestou depoimento no 9º Distrito Policial, no Carandiru, Zona Norte de São Paulo. Ao deixar o prédio, a bancária não quis dar entrevista e afirmou apenas: "Não tenho nada a declarar, já dei meu depoimento, que a justiça seja feita agora".
Lucas Maraschim Matias








Relatório simplifica processo de revogação de concessões


Relatório simplifica processo de revogação de concessões

A completa interdição da propriedade de emissoras de rádio e TV para qualquer detentor de cargos eletivos e o fim da necessidade de uma decisão judicial para a cassação de uma concessão foram considerados os pontos mais polêmicos do relatório apresentado pela deputada Maria do Carmo Lara (PT-MG), na terça-feira (01/04) na Câmara. O documento define mudanças na legislação sobre outorgas de concessões.
A relatora sugere duas propostas de emenda à Constituição (PEC) com as proposições. Para Walter Pinheiro (PT-BA), presidente da Comissão de Ciência e Tecnologia, Comunicação e Informática (CCTCI), onde o relatório foi apresentado, “é preciso materializar as propostas”, e, no caso das PECs, conseguir o número mínimo de assinaturas.
Pinheiro ressaltou outra proposição do relatório: a anistia a radiodifusores comunitários que operavam antes da lei 9612/98, que regulamentou as rádios comunitárias. Ele lembrou que, nos próximos dias, deve ser apresentado pelo deputado Jorge Bittar (PT-RJ) o relatório sobre o PL29/07, que autoriza empresas de telefonia a produzir conteúdo e a explorar TV por assinatura onde não houver o serviço.
Maria do Carmo sugeriu também a fiscalização anual sobre os trâmites dos pedidos de outorga e renovação de concessão, e disse que o principal problema do setor é “a demora e a falta de transparência no trâmite dos processos”. Ela pediu a aprovação de propostas que incentivem a produção regional de conteúdo. “O Brasil são vários brasis”, disse.
O relatório será votado após o dia 09/04, quando termina o pedido de vista.
do site:
Lucas Maraschim Matias

quarta-feira, 2 de abril de 2008

A imprensa 'verde'

do Comunique-se (www.comunique-se.com.br)

texto de: Luciano Martins Costa


A imprensa "verde"
A imprensa brasileira começa lentamente a descobrir a importância da questão ambiental.Depois do relatório sobre o aquecimento global, divulgado em fevereiro do ano passado sob patrocínio da ONU, jornais e revistas começaram a investir naquilo que chamam de "jornalismo verde".
O problema é que esse tipo de jornalismo ainda separa economia de meio ambiente, e durante muito tempo ainda poderemos diagnosticar certa esquizofrenia: as novas seções especiais, dedicadas à causa ambiental e à responsabilidade social corporativa, parecem se chocar com o noticiário político e econômico de todos os dias.
Hoje, por exemplo, o Estado de S.Paulo publica uma notícia importante sobre o risco real que o aquecimento global traz para os negócios.O jornal reproduz conclusões de um estudo da empresa de consultoria KPMG, que analisou a atuação de empresas de dezoito setores da economia global nos cinco continentes, com base em relatórios das próprias empresas e de onze especialistas em economia e mudanças climáticas.
O estudo indica que trinta por cento dos relatórios consideram as mudanças climáticas como um risco que já afeta o dia-a-dia dos negócios.O trabalho é interessante porque, como se sabe, o processo de poluição e devastação produzido pelo modelo econômico de exploração indiscriminada dos bens naturais só vai ser interrompido ou colocado sob controle quando seus efeitos atingirem as finanças das empresas.
A incidência de risco em 30% das atividades econômicas é um índice suficiente para fazer com que as empresas comecem a se preocupar com o problema que é de todos. Esse é o valor positivo da reportagem, publicada na página dedicada a Projetos Sociais, que sai sempre às quartas-feiras no Estadão.Outros jornais também costumam dedicar uma seção, geralmente semanal, a temas ligados à questão da sustentabilidade.
E aí é que mora o problema. Isolado das matérias sobre economia e política, por exemplo, e longe das reportagens sobre consumo, o noticiário sobre problemas ambientais e sociais continua sendo visto como uma concessão filantrópica dos jornais, um espaço dedicado ao "bem" no meio da vida "real".E aí é que os jornais podem parecer esquizofrênicos.
Nas edições de hoje, por exemplo, reportagens como a que o Estadão publica sobre os riscos do aquecimento global para os negócios, convivem com notícias como a que se refere ao conflito entre populações indígenas e produtores de arroz na reserva indígena Raposa Serra do sol, em Roraima.
Todos os jornais, claramente, tendem a condenar a decisão do governo de fazer valer a demarcação da reserva.O argumento é o de sempre: a preservação versus o progresso.Trata-se de um falso dilema, mas os jornais ignoram as alternativas de desenvolvimento sustentável que superam essa questão primária.O problema do jornalismo "verde" da grande imprensa é que ele demora a amadurecer.
Lições da escola Base
A imprensa paulista está muito cautelosa no caso da menina de cinco anos que morreu no sábado, aparentemente após cair ou ter sido atirada do sexto andar de um prédio em São Paulo.
Luiz Egypto, editor do Observatório da Imprensa:
- Ainda há muito o que apurar no caso da morte da menina Isabella Nardoni, de cinco anos, ocorrida na noite do último sábado, em São Paulo. A garota foi deixada dormindo sozinha no apartamento do pai, durante alguns minutos, enquanto este descia à garagem do prédio para ajudar a segunda mulher a trazer outros dois filhos do casal. Ao retornar, uma das redes de proteção das janelas do apartamento estava cortada e Isabella estatelada no jardim do prédio, seis andares abaixo.
O assunto foi destaque no Fantástico, na noite de domingo. Os jornais paulistas correram atrás do assunto na segunda e na terça, e certamente deverão acompanhar os próximos desdobramentos. Vale registrar o cuidado da imprensa na cobertura do caso. Folha de S.Paulo e Estadão, para ficar nos dois principais jornais da cidade onde ocorreu o fato, trataram com sobriedade a tragédia. Muito embora, como relatou a Folha, uma delegada de plantão no distrito em que está instalado o inquérito tenha se referido ao pai da garota, aos berros, como "assassino".
As lições do caso da Escola Base, quando a principal fonte foi um delegado, parecem não ter sido esquecidas. Menos mal para a imprensa.

CARROSSEL COLORADO ATROPELA GRÊMIO





CARROSSEL COLORADO ATROPELA GRÊMIO

Em uma atuação de Gala da equipe do Internacional o placar no Gre-Nal virou motivo de chacota ao final: 15 a 2



Equipes bastante modificadas pela Hepatite A que acometeu os jogadores das duas agremiações o clássico Gre-Nal do século foi realizado no estádio da AABB no último sábado e teve um placar inusitado. O Internacional comandado pelo guarda-metas Randape Lanza fez uma partida quase impecável e venceu fácil.
Pelo lado do Grêmio o time comandado por Francis Valdívia parecia uma caricatura de equipe. Sem ninguém de renome, com atletas nunca antes vistos em gramados de campo algum o Grêmio padeceu pela qualidade do Carrossel colorado desde os primeiros minutos.
Um exemplo claro da desorganização do tricolor foi o craque, xerife da zaga João Grando, que chegou ao estádio somente aos 5 minutos do segundo tempo. Já era tarde demais. Mas vamos ao jogo.
O Internacional iniciou arrasador. Robi Gole (agora atuando como zagueiro) comandou a defensiva colorada. Pela direita AbbaJur, com uma atuação parecida com Cicinho do Roma e pela esquerda Ronei, atleta inscrito para o jogo de ultima hora que também teve atuação destacada. Sidão Sabrosa e Lucas Matias faziam a meia cancha colorada, numa dupla mais parecida com Gatuso e Pirlo do Milan. E no ataque Paludinho, o homem que desencantou e marcou nada mais nada menos que 7 dos 15 gols colorados. O Inter jogou por musica (poderia ser o funk do Créeeeu?).
O jogo inteiro teve a panorama de colorado atacando e Grêmio defendendo. As poucas vezes em que o Grêmio chegava ao ataque sucumbia na falta de preparo físico. Pelo lado gremista, difícil destacar alguém. Talvez Julio Tiezerini pelo Gol e só. Nem Rafael “Ingo” Hoff teve atuação boa. Os gols foram surgindo naturalmente e o placar foi se tornando cada vez mais elástico. Ao final os 15 a 2 para o colorado ficou barato.
“Precisamos melhorar MUITO”, limitou–se a dizer João Grando. O lateral Abba era só alegria. O jogador que é pastor evangélico passou pela nossa reportagem gritando “glória a Deus, aleluia irmãos vencemos este duelo titânico. Louvemos ao senhor”. Dirigentes preferiram não se manifestar sobre o jogo.

INTER

1 – Randape Lanza – melhor atuação do arqueiro na história. Só foi furado (hummm) duas vezes, uma delas por Julio Tiezerini. Orientou o sistema defensivo e ponto final. Nota – 9,4
2 – AbbaJur – lateral direito de grande atuação. Seu ídolo Cicinho do Roma passou vergonha. Deu dois passes claros para gol e mostrou grande fôlego. Sispixe Moura que se cuide. Sua máquina digital as vezes tirava a atenção da partida. Nota – 9,1
3 – Robi Gole – achou sua posição. Um xerife que não deixa em nada a desejar, mesmo com os desfalques de Rica Messi, Kunytio Bahiano e Sispixe Moura. Seguro atrás e deficitário na frente. Nota – 8,8
6 – Ronei Pêra – não é nenhum Rooney, atacante da Inglaterra mas jogou muito bem. Utilizou o flanco esquerdo para abusar das jogadas de efeito. Sem marcação ficou fácil para deitar e rolar. Nota – 8,6
11 – Sidão Sabrosa – o agora careca abusou. Correu muito, mas pouco produziu. Seu visual parecido com Zidane confundiu os gremistas, que não sabiam do que ele era capaz. Mesmo com esses detalhes físicos jogou bem. Nota – 9,0
7 – Lucas Matias – um dos melhores jogos pela equipe colorada. Marcou, correu e se esforçou. Até driblou, coisa que nunca fez. Marcou 3 gols, mas perdeu uns 8. No final, valeu o esforço pela criação das jogadas. Nota – 9,1
9 – Paludinho – o grande astro da noite. Fez nada mais nada menos que 7 gols. Na maioria das vezes chegava pifado na cara do goleiro. Mostrou frieza para decidir. Nini Cocaína/Heroína que se cuide, um novo craque está para surgir. Nota – 9,7.
Vai para o Jornal mensageiro da Desgraça
hehehe
boa quarta-feira
Lucas Maraschim Matias