Essa eu encontrei no site da BBC.
Logo após o texto utilizo uma citação de Roland Barthes pois julgo o texto um tanto quanto sensacionalista. É um fato típico de Fait Divers.
O prefeito de uma cidadezinha na Riviera Francesa, a 40 km de Toulon, proibiu os moradores de morrerem por falta de espaço no cemitério.
O prefeito de Le Lavandou publicou um decreto dizendo que é terminantemente proibido a qualquer um que não tenha uma cripta funerária de família morrer no território da cidade.
Gil Bernardi disse que tomou a decisão depois que um tribunal de Nice proibiu-o de construir um novo cemitério na cidade.
O Partido Verde de Le Lavandou havia reclamado que o local planejado para o novo cemitério vai contra a lei de proteção da costa francesa.
Decreto absurdo
O prefeito disse que publicou o decreto absurdo para chamar a atenção para o problema de falta de covas na cidade - "É uma lei absurda para mostrar o absurdo da situação", disse ele.
O Partido Verde propôs um lugar remoto para a construção do novo cemitério, mas Bernardi disse que eles não podem enterrar os próprios mortos num pântano.
De acordo com a lei francesa, todos têm o direito de ser enterrados onde quiserem, mas o prefeito explica que o cemitério simplesmente não comporta novos túmulos.
19 corpos estão enterrados provisoriamente em covas que pertencem a amigos, esperando uma decisão da justiça sobre o local do novo cemitério, o que pode levar até três anos.
Cerca de 80 pessoas morrem anualmente na cidade, onde dois terços da população são maiores de 65 anos de idade.
O Fait divers segundo Barthes
“O Fait Divers é por natureza, sensacionalista. Tanto pela causalidade e pela concidencia, interpela pela emoção. As suas estruturas são construídas pelas anomalias e pelas excepcionalidades, marcadas, em essência, pela valorização do espetacular.
Em maior ou menor grau, a Mídia é sensacionalista por natureza. É o agente da interpelação, que busca o reconhecimento do interpelado e a sua conseqüente submissão. Está, também, submetido à audiência, aos patrocínios e ao lucro. À medida que a mensagem se encontra dominada pelo Valor de Troca, transforma-se em mercadoria. Não há como ela abdicar do Sensacionalismo, explícito ou implícito, mas presente.
O Poder, no ‘Fait Divers’ é a expressão do domínio do individualismo, manietado pela emocionalidade. Não importa o uso da razão. O que conta e dá saldo é a exploração das emoções, reprimidas pelo inconsciente, que emergem, através da identificação Projetiva, responsável pela catarse.”
BARTHES, Roland. Ensaios Críticos. Lisboa: Edições 70, 1971.
O prefeito de Le Lavandou publicou um decreto dizendo que é terminantemente proibido a qualquer um que não tenha uma cripta funerária de família morrer no território da cidade.
Gil Bernardi disse que tomou a decisão depois que um tribunal de Nice proibiu-o de construir um novo cemitério na cidade.
O Partido Verde de Le Lavandou havia reclamado que o local planejado para o novo cemitério vai contra a lei de proteção da costa francesa.
Decreto absurdo
O prefeito disse que publicou o decreto absurdo para chamar a atenção para o problema de falta de covas na cidade - "É uma lei absurda para mostrar o absurdo da situação", disse ele.
O Partido Verde propôs um lugar remoto para a construção do novo cemitério, mas Bernardi disse que eles não podem enterrar os próprios mortos num pântano.
De acordo com a lei francesa, todos têm o direito de ser enterrados onde quiserem, mas o prefeito explica que o cemitério simplesmente não comporta novos túmulos.
19 corpos estão enterrados provisoriamente em covas que pertencem a amigos, esperando uma decisão da justiça sobre o local do novo cemitério, o que pode levar até três anos.
Cerca de 80 pessoas morrem anualmente na cidade, onde dois terços da população são maiores de 65 anos de idade.
O Fait divers segundo Barthes
“O Fait Divers é por natureza, sensacionalista. Tanto pela causalidade e pela concidencia, interpela pela emoção. As suas estruturas são construídas pelas anomalias e pelas excepcionalidades, marcadas, em essência, pela valorização do espetacular.
Em maior ou menor grau, a Mídia é sensacionalista por natureza. É o agente da interpelação, que busca o reconhecimento do interpelado e a sua conseqüente submissão. Está, também, submetido à audiência, aos patrocínios e ao lucro. À medida que a mensagem se encontra dominada pelo Valor de Troca, transforma-se em mercadoria. Não há como ela abdicar do Sensacionalismo, explícito ou implícito, mas presente.
O Poder, no ‘Fait Divers’ é a expressão do domínio do individualismo, manietado pela emocionalidade. Não importa o uso da razão. O que conta e dá saldo é a exploração das emoções, reprimidas pelo inconsciente, que emergem, através da identificação Projetiva, responsável pela catarse.”
BARTHES, Roland. Ensaios Críticos. Lisboa: Edições 70, 1971.
Boa sexta-feira a todos
abraço!
Lucas Maraschim Matias
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