sexta-feira, 28 de março de 2008

Prefeito francês proíbe morte na cidade


Essa eu encontrei no site da BBC.

Logo após o texto utilizo uma citação de Roland Barthes pois julgo o texto um tanto quanto sensacionalista. É um fato típico de Fait Divers.


O prefeito de uma cidadezinha na Riviera Francesa, a 40 km de Toulon, proibiu os moradores de morrerem por falta de espaço no cemitério.
O prefeito de Le Lavandou publicou um decreto dizendo que é terminantemente proibido a qualquer um que não tenha uma cripta funerária de família morrer no território da cidade.
Gil Bernardi disse que tomou a decisão depois que um tribunal de Nice proibiu-o de construir um novo cemitério na cidade.
O Partido Verde de Le Lavandou havia reclamado que o local planejado para o novo cemitério vai contra a lei de proteção da costa francesa.

Decreto absurdo
O prefeito disse que publicou o decreto absurdo para chamar a atenção para o problema de falta de covas na cidade - "É uma lei absurda para mostrar o absurdo da situação", disse ele.
O Partido Verde propôs um lugar remoto para a construção do novo cemitério, mas Bernardi disse que eles não podem enterrar os próprios mortos num pântano.
De acordo com a lei francesa, todos têm o direito de ser enterrados onde quiserem, mas o prefeito explica que o cemitério simplesmente não comporta novos túmulos.
19 corpos estão enterrados provisoriamente em covas que pertencem a amigos, esperando uma decisão da justiça sobre o local do novo cemitério, o que pode levar até três anos.
Cerca de 80 pessoas morrem anualmente na cidade, onde dois terços da população são maiores de 65 anos de idade.


O Fait divers segundo Barthes

“O Fait Divers é por natureza, sensacionalista. Tanto pela causalidade e pela concidencia, interpela pela emoção. As suas estruturas são construídas pelas anomalias e pelas excepcionalidades, marcadas, em essência, pela valorização do espetacular.
Em maior ou menor grau, a Mídia é sensacionalista por natureza. É o agente da interpelação, que busca o reconhecimento do interpelado e a sua conseqüente submissão. Está, também, submetido à audiência, aos patrocínios e ao lucro. À medida que a mensagem se encontra dominada pelo Valor de Troca, transforma-se em mercadoria. Não há como ela abdicar do Sensacionalismo, explícito ou implícito, mas presente.
O Poder, no ‘Fait Divers’ é a expressão do domínio do individualismo, manietado pela emocionalidade. Não importa o uso da razão. O que conta e dá saldo é a exploração das emoções, reprimidas pelo inconsciente, que emergem, através da identificação Projetiva, responsável pela catarse.”

BARTHES, Roland. Ensaios Críticos. Lisboa: Edições 70, 1971.


Boa sexta-feira a todos

abraço!


Lucas Maraschim Matias

quarta-feira, 26 de março de 2008

Parte da História do Rádio

(Foto histórica, início do rádio)


Estava aqui procurando "coisas" na net. Achei algo interessante sobre o rádio

Então está aqui no blog.


HISTÓRIA DO RÁDIO

Rádio Inovação tecnológica – 1900-1950

1873: James Clerk Maxwell publicou sua teoria sobre as ondas eletromagnéticas.
1874: Nascimento do criador Guglielmo Marconi em Bolonha, Itália.
1983: Roberto Landell, gaúcho, testa a primeira transmissão.
1988: Físico alemão Heinrich Hertz gera eletricamente as ondas eletromagnéticas.
1895: Marconi faz suas primeiras experiências com aparelhos rudimentares.
1922: Implantação no Brasil.

Por que o Rádio é considerado uma inovação?

O rádio pode ser considerado uma inovação tecnológica para o período de 1900 a 1950, pois revolucionou o modo de se divulgar notícias na época, uma vez que a velocidade alcançada por este jamais fora sonhada pela população daquele tempo.
Inicialmente as notícias eram retiradas dos jornais impressos, lidas e comentadas. Mais tarde passaram a vir de fonte própria e este incorporou um aspecto mais popular com novas “atrações” como programas de humor, novelas e músicas (assim destaca-se Carmem Miranda).
Por ser um veículo de comunicação de massa popular foi muito utilizado no período da Segunda Guerra Mundial, pois eram necessárias informações imediatas sem precisar de grandes detalhes. Esta característica continua mesmo após a guerra.

Características que perduraram

Comprovando a abrangência alcançada pelo rádio pode-se citar o governo populista de Getúlio Vargas que se utilizou muito desse meio de comunicação de massa para atingir a população na época. Assim aumentava sua eficácia em relação a ideologia populista (governo regente na década de 50).
Seguindo estes princípios foi criado o programa “Hora do Brasil” (que depois passou a se chamar “A Voz do Brasil”) em 22 de julho de 1935, tornando-se obrigatório em 1938 até hoje em todas as rádios do Brasil, evidenciando as principais notícias do país.
Considera-se que, mesmo na Era Digital, o rádio não enfraqueceu, mas talvez mudado as formas de interagir. Os princípios continuam os mesmos, entretanto o usuário consegue ter acesso de um celular, de um computador e até mesmo possuir uma emissora de rádio, em miniatura dentro de seus lares, sendo assim, somente uma questão de ótica.

FONTES:

A HISTÓRIA DO RÁDIO. Disponível em: http://www.locutor.info/Biblioteca.htm Acesso: 29 fev. 2008;

- A importância social do rádio
- O Radio e o Estado Novo
- O papel da rádio na Era Digital

DRAGÃO DE PAPEL. Disponível em: http://mestre12.wordpress.com/2005/10/ Acesso: 28 fev. 2008;

A CRIAÇÃO DO RÁDIO. Disponível em: http://www.radioclaret.com.br/port/historia.htm Acesso: 28 fev. 2008;

GUIA DOS CURIOSOS. Disponível em: http://guiadoscuriosos.ig.com.br/index.php?cat_id=50468&pag_id=108139 Acesso: 28 fev. 2008;

ENCARTA, Microsoft Enciclopédia, 2001.




Lucas Maraschim Matias

Campo jornalístico segundo Bourdieu

(Pierre Bourdieu)


Campo jornalístico segundo Bourdieu

Hoje vou transcrever uma partezinha (texto muito bacana) do livro que ando lendo, vagarosa mas proveitosamente de Pierre Bourdieu. Da página 103, tratando sobre o campo jornalístico:

“O campo jornalístico impõem sobre os diferentes campos de produção cultural um conjunto de efeitos que estão ligados, em sua forma e sua eficácia, à sua estrutura própria, isto é, à distribuição dos diferentes jornais e jornalistas segundo sua autonomia com relação às forças externas, as do mercado dos leitores e as do mercado dos anunciantes.
O grau de autonomia de um órgão de difusão se mede sem duvida pela parcela de suas receitas que provem da publicidade e da ajuda do Estado (sob a forma de publicidade ou subvenção) e também pelo grau de concentração dos anunciantes. Quanto ao grau de autonomia de um jornalista particular, depende em primeiro lugar do grau de concentração da imprensa (que, reproduzindo o numero de empregadores potenciais, aumenta a insegurança do emprego)”.

A vida segue.
Boa quarta-feira pra todos
Grande abraço
Lucas Maraschim Matias

terça-feira, 25 de março de 2008

Sobre a televisão - Pierre Bourdieu


O Blog está com muito conteúdo esportivo né? Fazer o que se gosto muito desta área.

Mas vamos lá, falando hoje de um livro que acabei de chegar na centésima página. O título é “Sobre a televisão, seguido de a influencia do jornalismo e os Jogos Olímpicos” do escritor Francês Pierre Bourdieu. Este é o primeiro livro que leio dele.
Pierre Bourdieu nasceu em 1930, no sudoeste da França (Béarn). Apesar de suas origens humildes, ele se formou em filosofia e desenvolveu diversos trabalhos de etnologia sobre a Argélia. Porém, é como sociólogo que o autor obterá destaque no mundo intelectual: ele é homenageado pelo Collège de France e recebe a medalha de ouro do CNRS*.
Pierre Bourdieu criou uma obra original e complexa acrescentando à reflexão teórica uma imensa variedade de instrumentos de investigação (estatísticas, entrevistas, observações etnográficas, matérias históricas, etc.).
Pierre Bourdieu faleceu em 23 de janeiro de 2002. Sociólogo mais citado no mundo (7.000 páginas na Internet), ele deixa como legado uma obra impressionante que inaugura, através da simplificação, uma nova maneira de abordar o mundo social (fonte Google).
Pela leitura que fiz até o momento percebo que é um trabalho completamente carregado de intertextualidade. É necessário para uma boa leitura uma visão ampla de mundo, além de um conhecimento de contexto histórico da França bom. Em alguns momentos me pego tendo que voltar no início do parágrafo para ter melhor compreensão do que é explicado no trabalho. O livro visa orientar a utilização da televisão.

Segundo Bourdieu a televisão não manipula só pelo que transmite, mas sobretudo pelo que omite. É por isto que ele insiste na tese de que a "...televisão tem uma espécie de monopólio de fato sobre a formação das cabeças de uma parcela muito importante da população. Ora, ao insistir nas variedades, preenchendo esse tempo raro com o vazio, com nada ou quase nada, afastam-se as informações pertinentes que deveria possuir o cidadão para exercer seus direitos democráticos."
Para compreender a crítica feita por Bourdieu é preciso tem em mente que a mesma remonta ao tempo em que a televisão reinava onipresente como único meio unidirecional de difusão de conteúdos imagético-sonoros. Único porque a Internet ainda estava engatinhando. Unidirecional porque não existiam condições técnicas de interatividade. Com a popularização da Internet a crítica da televisão feita pelo sociólogo francês perdeu parcialmente sua validade. A própria televisão está passando por mudanças significativas para ajustar-se à crescente interatividade e a concorrência da Internet. Além disto, atualmente qualquer pessoa ou grupo pode produzir e difundir conteúdos pela rede mundial de computadores.
(fonte:
www.midiaindependente.org/.../10/362405.shtml)

Utilizei este conteúdo pois explica ou resumo grande parte do que é apresentado. O livro faz críticas duras à forma como a televisão se comportava (principalmente na França) na questão de posicionamento quanto a fatos históricos ou personagens utilizadas para ilustrar reportagens.
Considero uma boa leitura para o jornalismo.

É isso
Boa terça-feira pra todos


Lucas Maraschim Matias

segunda-feira, 24 de março de 2008

Real vence a primeira

(Magrão volante do Inter falando na Rádio Integração)



Real vence a primeira no estadual de amadores


Novamente o técnico Valdir da Silva não pôde colocar em campo a equipe considerada titular. Dos males, o menor: Leandrinho estreou e deu show ontem à tarde na Baixada. Assim podemos resumir a vitória apertada da equipe do Real Promorar/CTM Minosso frente à equipe da Cooper Campos de Campos Novos.
Precisando da vitória a equipe cedrense veio com um esquema de jogo bastante ofensivo, com Chiquinho, Jossiel Loquinho e Leandrinho no comando de ataque. Os três homens causavam preocupação na defensiva da equipe de Campos Novos, porém a equipe do Real carecia de um homem com maior poder de criação na meia cancha.
O primeiro tempo foi de muitas oportunidades criadas. Mas o zero insistiu em não sair do placar. Após iniciar a segunda etapa melhor, com a entrada de Pulila no lugar de Jossiel Loquinho, a equipe do Bairro Promorar fez o seu gol. Leandrinho entrou costurando pela direita, e com muita visão de jogo encontrou o artilheiro Chiquinho que, com um chutasso da entrada da área venceu o goleiro Alemão: Real 1 a 0.
A pressão continuou, mas as oportunidades foram desperdiçadas pelo lado do Real. Já a equipe de Campos Novos chegava em esporádicas oportunidades. Todas estas eram paradas pelo ótimo goleiro Márcio, que já se firma como o dono da jaqueta número 1.
No final, o domingo de Páscoa foi de alegria para os mais de 500 torcedores que estiveram no estádio da baixada ontem. “O importante é vencer. Não importa se é de 1 ou de 10 a zero. Fizemos os primeiros três pontos, isso é o que vale”, afirmou o zagueiro Robertinho ao final do jogo.

REAL PROMORAR/CTM MINOSSO

1 – Marcio
2 – Luizinho Valgoy
3 – Benetti
4 – Névio
5 – Mauricio
6 – Robertinho
7 – Leandrinho
8 – Eider
9 – Jossiel Loquinho
10 – Musa
11 – Chiquinho


Técnico: Valdir da Silva


Texto: Lucas Matias

sexta-feira, 21 de março de 2008

Profissionalismo com o coração

(Lucas com atacante Adriano - autor do segundo gol)


PROFISSIONALISMO COM O CORAÇÃO

Muitas pessoas, entre amigos e até colegas de profissão que sabem da minha paixão pelo Internacional de Porto Alegre, perguntaram qual foi a sensação de fazer um jogo, no gramado com jogadores que já deram muitas alegrias para mim. Antes de ir para Chapecó na ultima quarta-feira, eu brincava dizendo “vou chorar, não vou agüentar, se der gol do Inter, vou vibrar mesmo.”
Confesso que estava um tanto quanto temeroso que isto de fato acontecesse. Mas por sorte (já esclareço que não julgo a minha calma como sorte) me controlei. Certa vez, no ano passado, em setembro, o professor Rafael Hoff e eu estávamos atravessando uma rua movimentada de Porto Alegre e o assunto era assalto e violência. Eu perguntei para ele (em tom de afirmação) como ele tinha tanta sorte de não ter sido assaltado morando vários anos na capital gaúcha. De imediato ele me surpreendeu dizendo “um professor meu de faculdade me disse que a sorte acompanha os bons”.
Certamente aprendi a lição. Mas volto ao jogo. Realmente quarta-feira na partida Inter x Chapecoense tive sensações que nunca mais terei. Já tinha assistido jogos do Inter, mas sempre como torcedor.
Fazer um jogo, com o profissionalismo da Radio Integração, deixando de lado a minha eterna paixão clubística não foi tão difícil assim. Pensei comigo mesmo que teria que contar primeiramente para os ouvintes da 1180 o que estava de fato acontecendo na beira do gramado, os ânimos do jogo e assim por diante. Então não fiz nada mais do que estou acostumado a fazer aqui, nos gramados de São José do Cedro e da região Oeste catarinense.
As formas como as situações são tratadas, isso sim é diferente. Em um clube profissional, como o Inter a cobrança é bem maior. E a situação aconteceu. Tratamos o jogo com o profissionalismo que ele merece, aproveitando o máximo os 90 minutos de jogo (sem contar as 3 horas e meia de transmissão ao vivo de Chapecó).


Por hoje era isso.
Bom feriado a todos
Grande abraço!


Lucas Maraschim Matias

quinta-feira, 20 de março de 2008

Noite inesquecível profissionalmente

(Iarley falando na Rádio Integração ontem à noite)



NOITE INESQUECÍVEL

Ontem a noite a jornada esportiva superou as expectativas. Não pelo simples fato de desempenhar um bom trabalho (sem falsa modéstia) em Chapecó, pela Copa do Brasil, mas por estar lado a lado com pessoas que fazem o imaginário de muita gente pelo Brasil inteiro.
Gostaria de saber expressar o que significa para uma pessoa como eu, que cresceu e amadureceu na vida acompanhando jornadas esportivas pelas Rádios Guaíba e Gaúcha e ontem dividia, humildemente, as entrevistas com dinossauros do Rádio no Índio Condá.
Foi um jogo não muito bom tecnicamente. O Inter de Abel Braga chegou a ser dominado em poucos momentos do primeiro tempo. Mas soube ser o grande Inter, campeão do mundo, que me encanta tanto. Matou a Chapecoense com classe. Mesmo com uma atuação apagada de Fernandão, um mito para minha geração, o Inter avançou.
Gostaria de ter propriedade para falar da criação de mitos no Radio, mas ontem pude constatar que esta criação de fato existe. Eu, Lucas Matias, 22 anos, estudante de jornalismo, entrevistando Iarley, jogador consagrado, Campeão Mundial, que deu alegria e fez milhões de corações vermelhos chorar em 2006 com um passe milimétrico para Adriano Gabirú na Final contra o Barcelona.
Renan, Welinton Monteiro (que até me chingou!), Índio, Orozco e Marcão, Edinho, Guinazú, Andrezinho e Alex; Gil e Fernandão. Todos ali, além é claro de Abel Braga (meio ranzinza) e de todo o aparato que a equipe do Inter tem. Consegui conversar com todos, exceto Orozco (talvez por falta de interesse meu, por não considerar ele um bom jogador).
Mas o fato é que na vida tudo é possível. Sempre imaginei fazer transmissões de futebol profissional, do Inter em especial. Confesso que não pela humilde Radio Integração AM, mas ontem a emissora mostrou porque é grande. Em todos os sentidos.


Falo mais amanhã no feriado.
abraço e boa quinta-feira
Lucas Maraschim Matias

quarta-feira, 19 de março de 2008

Jogo na Integração AM

Para o Inter, será um importante jogo rumo ao título da Copa do Brasil. Nada mais do que isso. Mas para a Chapecoense, é a partida mais esperada do ano. Assim a imprensa local de Chapecó tem se referido ao confronto desta quarta-feira válido pela rodada de ida da segunda fase da Copa do Brasil.
A mobilização da cidade é intensa. Todos os 14 mil ingressos para o jogo já foram comercializados, dos quais cerca de três mil foram destinados aos torcedores colorados. Como prova da empolgação da torcida do Inter do Oeste Catarinense, dezenas de colorados acompanharam o último treinamento orientado pelo técnico Abel Braga antes do jogo na tarde de terça. O grupo fez um recreativo no campo de uma faculdade da cidade.
O público formado basicamente por crianças e adolescentes acompanhou e incentivou os 18 jogadores que treinaram. Apenas Iarley e Magrão não participaram e ficaram no hotel se recuperando de problemas intestinais, mas devem estar à disposição do técnico Abel Braga. Desta forma, o grupo estará completo, já que o jogo marca o retorno do volante Edinho ao time, depois de não participar do confronto diante do São José, no sábado, por estar cumprindo suspensão automática. “É um confronto mata-mata. Temos que atuar pensando nos dois jogos. Neste tipo de Copa o importante é atacar e marcar gols fora de casa.
É isso que vamos buscar”, disse o treinador colorado.Abel já recebeu as informações do auxiliar técnico Robertinho que acompanhou as últimas partidas da Chapecoense, que foi campeão catarinense de 2007 e por isso conseguiu a classificação para a Copa do Brasil pela primeira vez.
Na primeira fase da Copa do Brasil, o Inter eliminou o Nacional-PB na primeira partida ao golear por 4 a 0. Já o Chapecoense surpreendeu o Guarani, de Campinas, vencendo por 3 a 1 em Chapecó e empatando em 0 a 0 em São Paulo.
Nesta segunda etapa da competição, o regulamento também prevê que, caso o time visitante vença a partida por dois ou mais gols, não existe a necessidade da realização do segundo embate.O Inter retorna a Porto Alegre logo depois da partida. A chegada à capital gaúcha está prevista para as 4 horas de quinta-feira.
CHAPECOENSE
Nivaldo; Augusto, Téio e Marcelo Guerreiro; Tiago, Maurício, Everton César, Dino, Santos e Éder; Cadu.Técnico: Luiz Carlos Cruz.
INTER
Renan; Índio, Orozco e Marcão; Wellington Monteiro, Maycon, Guiñazu, Magrão e Alex; Iarley e Fernandão.Técnico: Abel Braga.
Então
10 minutos antes de ir pra Chapecó!
Seja o q Deus kiser
Da-lhe INTER!
haoihaiohaioaioha

terça-feira, 18 de março de 2008

Uma transmissão futebolística

(Samaroni Müller, amigo Moisés Padilha da Rádio Chapecó AM, Argeu Padilha e Lucas Matias, domingo em Água Amarela - Chapecó)


Uma transmissão futebolística

Muita gente que não conhece ou não sabe, pode pensar que uma transmissão de futebol são só os 90 minutos onde a bola rola e nada mais. Porém, um trabalho (falo aqui de Rádio) tem todo um aparato técnico para que o som chegue legal a sua casa, prezado ouvinte.
Um exemplo clássico aconteceu no domingo. Saímos para transmitir em Chapecó o estadual de Amadores. A saída ocorreu as 11 horas da manhã. Lembro a você que o jogo estava marcado para as 15:30 horas. Sim, mas porque sair tão cedo?
Justamente por esta preocupação de trazer o melhor som, pela sua Rádio Integração, até a casa ou até o lugar onde alguém sintonize os 1180. Chegamos ao local da partida exatamente ás 13:30 horas. Demoramos em torno de uma hora e meia para montar todos os equipamentos. Puxa fio, puxa luz, monta maleta, abre e liga microfones, testa retorno sem fio, testa microfone sem fio... e assim vai.
É algo que pode parecer difícil, mas é muito gostoso. Poder contar para as pessoas o que acontece em tempo real, trazer emoção e fazer o espetáculo é algo que me fascina. Isso tudo, a equipe de esportes da Rádio Integração (Padilha, Samaroni eu e Luciano) tenta fazer pra você.
Para hoje era isso.
Amanhã falo do jogo do Colorado!

Boa terça-feira, abraço e fiquem com Deus

Lucas Maraschim Matias.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Real perde mais uma no estadual

(Foto da equipe que atuou na tarde de ontem em Chapecó)






Real perde mais uma

Mesmo com muita vontade, disposição tática e grande marcação a equipe do Real Promorar/CTM Minosso perdeu seu compromisso ontem a tarde em Chapecó. Um forte calor marcou a partida que teve atraso de 25 minutos por falta de policiamento. O gramado era bom, porém sem alambrado, exigência que sempre é constantemente cobrada pela segurança nos campos aqui de São José do Cedro.
O Real teve a estréia de Gean Cristófoli, do golerido Márcio, além do Zagueirão Marquinhos. No primeiro tempo a equipe do Promorar foi muito melhor, mas não abriu o marcador por displicência nas finalizações. Marcelinho perdeu uma cara a cara. Chiquinho bateu uma falta na trave.
O Oeste Verona de Chapecó não mostrou o porque é o atual vice-campeão estadual. Com um preparo físico muito aquém de anos anteriores a atuações apagadas de Rodrigo Carlesso e Índio os oestinos chegavam poucas vezes à meta do arqueiro Márcio.
O gol do Oeste aconteceu aos 12 minutos da segunda etapa. Após cobrança de escanteio fechada, o lateral direito Caibí apareceu no segundo pau para empurrar para as redes. Depois o gol a equipe do Real/CTM ainda perdeu algumas boas oportunidades. As equipes sentiram o calor e o jogo ficou neste mesmo 1 a 0.

Real Promorar/CTM Minosso
1 – Marcio
2 – Luizinho
3 – Nevio
4 – Marquinhos (A)
5 – Eider
6 – Maurício
7 – Marcelinho (16 – Giovani)
8 – Cristófoli (13 – Clei)
9 – Chiquinho (A)
10 – Julio Wagner (A) (18 – Carioca) (A)
11 – Andrigo (15 – Robertinho)

Téc: Valdir da Silva


Oeste/Verona
1 – Alberto
2 – Caibí (A)
3 – Reato (A)
4 – Zanatta (A)
5 – Fogueira (A)
6 – Souza
7 – Edson Luiz (A) – (14 – Anderson)
8 – Edson Negão
9 – Índio
10 – Rodrigo Carlesso – (13 – Lucas)
11 – Gelsinho – (18 Lúcio) (A)

Téc: Nelsinho

Arbitro: Ivair dos Santos
Auxiliar 1: Nilson Batista
Auxiliar 1: Fábio Steffens

sábado, 15 de março de 2008

Mídia Global x Escola Pública

(Foto em 2005 na RBS TV em Porto Alegre - RS)




Neste sábado posto um ensaio.

Ele foi feito para a disciplina de Mídia e Cultura esta semana, comandada pelo amigo e mestre Professor Rafael Hoff.



Bom sábado



Mídia Global x Escola Pública



As transformações e a velocidade das informações nunca tomaram uma dinâmica tão grande como agora. Cada segundo ou minuto perdido para uma pessoa potencialmente produtiva em qualquer parte do mundo, é lamentada pelo timing que vivemos.
Os veículos de comunicação em qualquer segmento nunca tomaram tantas proporções na vida das pessoas como agora e já se tornaram companheiros diários. As crianças de certa forma, ao passarem mais tempo na frente da TV (exemplo clássico) tornam-se potencialmente alvos fáceis das facetas criadas por quem produz a televisão. Estas facetas aliam produção midiática com marketing e conteúdos comerciais.
Vamos abordar a televisão, haja vista, que ela juntamente com a internet acabam sendo os veículos mais apreciados pelas crianças e adolescentes em todo mundo. Na TV e na internet é tudo muito fácil. Grande parte do que queremos vem mastigado, não necessitando de um exercício maior ou uma labuta para que consigamos um resultado de qualidade. Talvez partindo deste pressuposto a televisão e a internet tornam-se vilões (ou inimigos) da escola, dos livros, da história, da literatura e das artes.

“Os meios de comunicação, principalmente a televisão, desenvolvem formas sofisticadas multidimensionais de comunicação sensorial, emocional e racional, superpondo linguagens e mensagens, que facilitam a interação, com o público. A TV fala primeiro do ”sentimento” – o que você sentiu”, não o que você conheceu; as idéias estão embutidas na roupagem sensorial, intuitiva e afetiva.”(MORAN, Outubro de 2007)”.

De acordo com Guilherme Jorge de Rezende (Telejornalismo no Brasil – Um perfil editorial, p. 36) ao cumprir a função fática, o discurso de TV se estabelece como um contato permanente entre o emissor e o receptor, por meio de um espetáculo contínuo levado diretamente ao telespectador que o recebe no aconchego do meio familiar.

“Mediante essa interpelação que instaura um clima de familiaridade, de conversa íntima, o telespectador passa a esperar que a TV ultrapasse os efeitos de mero espetáculo ou de pura informação e se invista da atmosfera de simpatia e camaradagem, característica ideal de grupos primários, como a família” (Sodré, 1977: 59-61).

Os produtos enlatados que chegam até nossas crianças e jovens por produções hollywoodianas não conseguem competir com o material que é produzido para tentar repassar uma educação ou uma mensagem cultural do nacional, estadual ou local.

“A indústria da comunicação pertence aos setores mais dinâmicos do capitalismo global, sob efetiva hegemonia dos Estados Unidos como pólo de produção e distribuição de conteúdos”. (Herman & McChesney, p.69, 70).

Já temos mais uma dificuldade que acaba se tornando até uma barreira, pois é mais fácil uma criança que fica 5 horas por dia na frente da TV assimilar o que assiste, com humor e entretenimento, do que a sonolência de uma aula de português ou matemática em uma escola pública no Brasil.
Partindo desta linguagem concreta, do visível e imediato, próximo, daquilo que faz sentido para a criança ou jovem que a assiste, a TV produz um efeito voraz nos sentimentos desse indivíduo, mexendo com suas emoções e seus sentidos. É por meio dessa linguagem também que a TV transforma a sociedade e é justamente nesta eficiência da TV que se encontra a razão de sua concorrência com a escola.
Eu concordo em grande parte com o que é apresentado no texto “Cultura midiática e educação infantil”. A mídia hoje acabou socializando grande parte da população, pela superexposição do conteúdo e facilidade de captação.
A TV ainda tenta criar estereótipos, como aparece na novelinha ‘teen’ ”Malhação” da Rede Globo de Televisão (Rio de Janeiro). Grande parte do conteúdo tem cunho comercial trazendo mensagens subliminares de como os jovens devem se comportar nas mais diversas situações da vida. É uma espécie de faça o que eu digo e o que eu faço.
Outro aspecto que deve ser observado diz respeito a desvalorização do ensino público e à discriminação social e racial que sofrem os personagens Pedro (Maxwell Nascimento) e Angelina (Sophie Charlotte). Ambos vieram de escolas públicas e são constantemente vítimas de preconceito dos alunos do Colégio Múltipla Escolha. Esta escola é dita tradicional, particular e com grande índice de aprovações nos vestibulares.
O simples fato do ambiente onde a novelinha é gravada (uma escola particular) automaticamente cria um desmerecimento nos educandários que são patrocinados pelo Governo Federal. Este modelo pode ter sido criado em outros países onde a educação ‘paga’ é constante. Fica a pergunta: este é mais um enlatado que a mídia nacional, com todos os seus recursos, tenta trazer para a realidade do povo brasileiro?
Acredito que este desmerecimento pelas escolas e universidades públicas é uma realidade na imprensa e nas produções novelísticas. Na verdade alunos só conseguem entrar em escolas ou faculdades particulares por meio de bolsas. Na grande maioria estes alunos que tem bolsa ainda trabalham o dia todo, o que justificaria o fato de não terem tempo de fazer cursinho para passar em uma universidade federal. Nestes casos de universidade federal consegue vaga geralmente são pessoas com renda financeira alta.


REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

MORAN, José Manuel. Desafios da televisão e do vídeo à escola. Disponível em: http://www.eca.usp.br/prof/moran/desafio.htm Acessado em: Março de 2008.

SODRÉ, Munis. O Monopólio da Fala. Petrópolis (RJ), 1977. Ed. Vozes.

MOREIRA, Alberto da Silva. Artigo cultura midiática e educação infantil. Cita: Herman & McChesney, 1997, p. 69, 70.



Lucas Maraschim Matias

quinta-feira, 13 de março de 2008

Filhos do silêncio

Filhos do Silêncio

Por Marcelo Benvenutti13/03/2008-09:16:47

Certo que o velho Magrão não errasse um passe e entregasse uma bola na frente da área para um adversário enfrentar o Renan vendido na jogada. Certo também que podemos até perguntar onde estava o Índio, um dos zagueiros mais completos do país segundo o Abel. Também seria de se perguntar por que Wellington Monteiro sempre é titular. Mais certo ainda fazer o questionamento mais simplório de todos: Quando Edinho vai jogar um bom futebol?
Antes que digam que estou sendo maldoso na derrota, respondo que nas vitórias quando assisto o Inter jogando bem mais que hoje, me pergunto sempre: Por quê? Porque Índio? Porque Fernandão dormindo dentro de campo? Fernandão anda com o olhar distante, desfocado. Não vibra. Não vai. Fica. Contrasta com a força de Iarley. Nem vou falar de Guiñazu. E de Magrão, que apesar do erro grotesco no jogo de ontem, não merece ser crucificado. Por mim, não.
Sim, ainda teremos que aguardar o retorno de Sorondo, que entra com uma perna nessa defesa colorada. Teremos que aguardar passar a paixão doentia de Abel por Índio e Wellington Monteiro. E, finalmente, torceremos para que um cometa passe e leve Edinho para a Terra dos Sonhos no mundo do Euro. Não vai ser uma derrota que nasceu de um lance fortuito, de um árbitro a fim de aparecer mais que o jogo e de um time que jogou sem o mesmo brilho de outras partidas contra um esforçado time medíocre do interior gaúcho. Chega a ser comovedor ver a festa dos torcedores locais pelo instante momentâneo de glória. Vibravam como se fosse uma final de Copa do Mundo. Talvez seja a Copa do Mundo que Fernandão sonhava lá em Goiás quando era criança. Talvez. Só que ele já viveu sua final de Copa. E hoje vive na eterna penumbra de sua própria sombra gigantesca do passado. E nada mais escurecedor que a própria sombra para o ícone de uma torcida.
Alex sonha também. Sonha com a amarelinha. O sonho é válido, mas eu me contentava bem mais se ele sonhasse com vencer a Copa do Brasil. Renan, sem nenhuma chance nos gols, sonhava com a número um da canarinho. Mas também prefiro que sonhe com títulos para o Internacional. Abel sonha com o retorno à Libertadores. Um sonho bem mais plausível. Pífferos à parte, não entrou no oba-oba da imprensa fabricante de intrigas dos pampas. Carrossel tem na arena (arena?? alguém viu uma por aí??) do circo e palhaços são os babacas que perdem tempo querendo rotular o futebol colorado disso e daquilo. Ou daqui alguns dias fariam uma reportagem comparando o Alex ao Cruyff e o Abel ao Rinus Michels.
Sim, pode parecer uma certa implicância, afinal não é toda noite que levamos três na cola, mas também não é de se fazer terra arrasada. Nem de achar que o mundo acabou. Provamos que somos um time de operários e que se alguém quiser vestir roupa de artista que vá para outras plagas. Parabenizamos os vencedores por sua façanha e, sinceramente, desejamos que ao chegarem na semifinal tenham o pudor de fazer como sempre fazem: Entregar a beterraba para os Galácticos da Azenha e deixar que sequemos a Débora alheia na final. Certamente Fernandão terá seus momentos de ciúmes. E, como bom moço diplomático, fará ótimos discursos. Nós aguardaremos de bico calado. Como diz um antigo ditado, e seria bom que muitos aprendessem com derrotas como a de ontem: A VINGANÇA É FILHA DO SILÊNCIO.

quarta-feira, 12 de março de 2008

Perdeu a hora?

(Foto de 2004 no estúdio de Rádio da Unoesc - Lucas e Kunytio)


Hoje aki no blog vai um artigo de um amigão que considero irmão mesmo.

Vinicios Ortiz, vulgo Kunytio, postou em http://www.futebolnarede.com/

---
Perdeu a hora?

Corria o ano de 2005 e o futebol de Santa Catarina chegou a ser tema de matéria no Globo Esporte nacional. O Criciúma chuleava a zona da Libertadores na Série A, que contava também com o Figueirense. O Avaí figurava na zona de acesso na Série B, onde também atuava o Joinvillle. E o Atlético de Ibirama destacava-se na Série C. O fim da história não foi de Cinderela... O Criciúma fez um segundo turno horroroso e caiu para a Série B. O Avaí conseguiu perder de uma forma incrível a vaga na Série A. O Jec caiu para a Série C e nunca mais voltou, e o Ibirama não conseguiu o acesso.Por que o futebol catarinense não consegue se ajoelhar que seja ao do Paraná e do Rio Grande do Sul? É obrigatório que permaneçamos inferiores aos nosso vizinhos? Domesticamente é onde deveriam surgir as soluções. Paliativas, sem esperar por grandes milagres da fartura. A Federação é a primeira a se enaltecer quando do sucesso dos clubes. Como se tivesse alguma parcela nisso... os clubes fazem por merecer, sem ter nada a ver isso com a Federação. Afinal, se os times vivem a paúra de hoje, então a Federação também deve assumir que é ineficiente.Mas a nossa Federação é (e muito) ineficiente. Não informa, não auxilia, não faz nada além do necessário... no ano passado a Federação Paranaense fez uma parceria inédita no Brasil com o portal IG e transmitiu pela internet os jogos do Paranaense. A Federação Catarinense tentou fazer o mesmo, e o fiasco foi total. Má qualidade, problemas inúmeros e simplesmente o portal saiu do ar. Sem uma linha de explicação ao público. O site da FCF passa vergonha se comparado ao do da Federação Gaúcha. Vejam ambos e comparem. O site catarinense não informa nada, nada, nada. Pronto.A fórmula do nosso Estadual nos últimos anos é absurda. Não há acesso e descenso, ninguém entende o regulamento. No Rio Grande, o campeonato se encaminhava para o mesmo buraco quando há alguns anos, decidiu-se voltar ao velho esquema de Primeira e Segunda Divisão, sem maquiagens, sem repescagens, sem invencionices. Pronto. O Gauchão ressuscitou, é alvo de briga pelo televisionamento, a Segundona Gaúcha desse ano alcançou impressionantes 26 (vinte e seis!!!!!) clubes. Tudo bem que lá há dois trens pagadores, Grêmio e Inter, mas aqui também há que se ter meios, impossível que não existam.Nosso campeonato para começar não é Estadual. É do litoral e Vale do Itajaí. Só. Fora disso, só a Chapecoense resiste bravamente. Curitibanos, Concórdia, Joaçaba, São Miguel do Oeste, Mafra, nem Lages não conseguem mais manter times. De quem é a culpa? Não me interessa. O que interessa é que todos nós devemos dar as mãos e procurar soluções. Há tempos o mestre Maceió vem sugerindo em sua coluna em A Notícia a realização de um fórum do futebol catarinense. Seria uma grande cartada. Reunir clubes, imprensa, dirigentes, federação, jogadores (por que não?), para discutir o que acontece no nosso futebol. Poderia ser realizado junto o Torneio Início do Estadual, por exemplo. O que se torna claro, amigo, é que temos que nos mexer. Não é obrigação nossa nos queixar que somos inferiores ao RS e PR a vida toda. É obrigação procurar alcançá-los. No mínimo.


Por Vinicios Ortiz.

---


abraço!




Lucas Maraschim Matias

terça-feira, 11 de março de 2008

A imprensa no embate entre humanismo e religião

Por Alberto Dines, escrito hoje.

A imprensa no embate entre humanismo e religião

Um debate de idéias como há muito não se via no país. A polêmica sobre a pesquisa científica com embriões humanos poderá estabelecer novos paradigmas de discussão numa sociedade que, ultimamente, entregou-se ao ressentimento e à intolerância.
O diferencial está sendo oferecido involuntariamente pela imprensa que, sem esconder sua preferência pelo racionalismo e pelo secularismo, mostra uma inequívoca deferência (ou complacência) pela outra parte: a Igreja Católica. As objeções que em outras circunstâncias e em outros países seriam transformadas num ataque frontal contra o obscurantismo, aqui estão sendo atenuadas pela reverência à religião que durante 508 anos, apesar dos disfarces jurídicos, é a religião oficial.
A ação de inconstitucionalidade impetrada pela Procuradoria Geral da República em 2005 contra a Lei de Biossegurança, apesar do malabarismo do seu autor – Cláudio Fonteles – em sustentá-la com argumentação jurídica, é uma peça teológica. Respeitável, mas teológica.

História do conhecimento

Dividida entre o seu incontornável compromisso com a razão e sua histórica submissão à Igreja, a mídia – sobretudo a mídia impressa – não tem outro caminho senão jogar o debate para as alturas. O que é muito bom em matéria de urbanidade e péssimo no tocante à isenção e ao esclarecimento.
A matéria publicada com grande destaque pela Folha de S.Paulo no domingo (9/3, "Embrião congelado por oito anos produz bebê") é tendenciosa. Foi contestada de forma irrefutável no dia seguinte por Ênio Candotti, ex-presidente da SBPC, mas a carta do respeitado cientista (Painel do Leitor, pág. A-3) foi visivelmente encurtada e colocada logo em seguida à desbragada louvação de um leitor seduzido pelo "pluralismo" do jornal. A entrevista do cientista Oliver Smithies (segunda-feira, 10/3, pág. A-19) que contesta a matéria do dia anterior não mereceu chamada na primeira página ("Embrião usado para terapias não vai morrer, diz Nobel").
Esta derrapagem clerical da Folha talvez se explique pelas suas relações com Ives Gandra Martins (advogado da CNBB na ação que transita no STF) e não como opção religiosa. Qualquer que seja a motivação foi um artifício tendencioso.
Já O Globo e o Estado de S. Paulo, embora ligados a setores católicos fundamentalistas, até agora não fizeram grandes concessões. A surpresa é oferecida por Veja, que não esconde sua preferência conservadora em matéria política, mas na questão das células-embrionárias assumiu uma visível posição progressista através das duas últimas entrevistas das "Páginas Amarelas" – com a bióloga Mayana Zatz (edição 2050) e com a presidente do STF, Ellen Gracie (edição 2051).
Impossível desconhecer que a oposição às pesquisas com células embrionárias é comandada por motivações religiosas. Isso precisa ser explicitado. O debate não tem nada de científico, resume-se ao confronto entre o sectarismo (embelezado por pinceladas espiritualistas) e a liberdade do espírito humano. Impossível desconhecer também que na história do conhecimento e na busca da razão os dogmas religiosos sempre favoreceram os retrocessos.

Confronto milenar

O Brasil demorou tanto para ser beneficiado pela tipografia desenvolvida por Gutenberg simplesmente porque foi impedido pela Igreja por meio do seu grupo mais radical, os dominicanos que controlavam o Santo Ofício da Inquisição.
Estamos nos preparando para festejar os 200 anos da nossa imprensa sem levar em conta que os primeiros jornais do continente foram publicados um século antes dos nossos. Este atraso deixou marcas profundas em nossa cultura e em nosso comportamento.
Passamos ao largo do racionalismo e do iluminismo porque a Santa Madre Igreja, desde 1536, estabeleceu nos dois lados do Atlântico um rigoroso sistema de censura de livros e idéias.
Como escreveu Ênio Candotti na minimizada carta publicada pela Folha, a ciência ajuda a vida a ser vivida. O confronto conhecimento versus vida é falso, enganoso. Ou, como afirma Oliver Smithies, "é errado discutir a perspectiva do uso terapêutico [de uma célula-tronco] como algo que requer a morte de embriões. A célula-tronco humana em tratamentos é o modo de preservar a vida embrionária".
Com punhos de renda e civilidade, é verdade, sem a brutalidade das fogueiras que atormentaram Galileu no século 17, repete-se agora no Brasil o milenar confronto entre humanismo e religião, entre a busca da verdade e os antolhos da ignorância.
Gostei, tá aí!
Boa terça-feira
Lucas Maraschim Matias

segunda-feira, 10 de março de 2008

TÁ! Futebol Clube vence segundo jogo no ano

(Francis, Randape, Júlio, Nini, Meller, Dudu e Sidão; Boris, Jucinei, Rafael, Lucas, Sispa e Dió)


Tinha tudo para ser um grande jogo. Após a confirmação oficial do reforço milionário do zagueiro João Grando para a temporada 2008, o TÁ! Futebol Clube mostrou muita dificuldade e pouco entrosamento, mas venceu o compromisso contra um combinado amador da região extremo-Oeste.
O forte calor também prejudicou a presença de público. Um sol de rachar, associado a altitude e nenhum vento, fizeram os 38 graus da hora da partida, diminuir e muito o ritmo de jogo.
Os desfalques também fizeram o ritmo de jogo cair bastante. Foram 11 ausências que o técnico Inácio Braga teve que agüentar para o jogo de sábado. Faltaram Rica Messi, Violeiro, Rosembrick, Clayton, Marcelinho Caravágio, Abbajur, Chico Bento, Aroldo Chimbinha, Everton Macedo, Betão Caganeira e Vandro Fenômeno Barriga Pastel.
Nini pela equipe do TÁ! em seu primeiro compromisso visando a temporada que está por vir decepcionou. Marcou somente 2 gols, ele que veio com status de artilheiro absoluto. O nível técnico da partida realmente fez lembrar um futebol varzeano, haja vista que passes simples e gols muito fáceis foram desperdiçados.
Como destaque positivo do jogo a grande atuação, talvez a melhor da história do ala direito Sispixe Moura. O jogador além de marcar com muita objetividade e determinação, foi ao ataque, mostrando uma qualidade incomum, e marcou 2 gols.
Outro jogador que atuou bem foi Boris Vodca, primo de Fabiano Cachaça (ex-Inter). O atleta utilizou muito bem o flanco esquerdo do irregular gramado do estádio do BESC para deitar e rolar pra cima da defesa do TÁ!.
Dentre os males, o menor. Uma defesa composta por Jucinei Tonhão Chagas e Francis Valdívia conseguiu anular grande parte das jogadas do adversário. Entre paradas por falta de bola e alguns goles de água, a partida acabou em 6 a 5 para o TÁ! Futebol Clube. “Foi mais um teste visando a temporada que vai ser longa. Não gostei nada do que vi. Temos que treinar muito se quisermos chegar a algum lugar. Está difícil ver isso”, desabafou o técnico Inácio Braga após o jogo.

TÁ F.C.!


1 – Randape – Grande atuação, seguro. Falou demais (perceba que é como sempre) mas não comprometeu e fez defesas importantes. Nota 8,0
7 – Francis Valdívia – Voltando de lesão mostrou que está readquirindo ritmo de jogo. É um zagueiro que chega firme mas não sabe sair jogando. Nota 7,8
18 – Julio Tiezerini – após um ano de seguidas lesões voltou ao futebol no sábado e mostrou qualidade nos passes longos. Grande técnica. Preparo físico precisa melhorar. Nota 7,7
8 – Jucinei Tonhão – o jogador romântico desabafou que não gosta de jogar na defesa. Seu contrato como lateral está em risco. Precisa melhorar na marcação. Nota 7,4
10 - Nini Cocaína – mesmo com uma atuação pífia foi o melhor em campo. Marcou vários gols e meteu pressão no adversário. Poderia ter corrido mais. Nota 8,79
9 – Dió – centroavante fez algumas de pivô, mas acho que suou pouco. Segurou a marcação enquanto pode. Fez um gol. Nota 8,211 – Lucas Matias – novamente correu pouco. Fez um gol, mas para jogar na meia cancha do TÁ! precisa de mais objetividade. Solta o freio de mão é um bom começo. Nota 7,76.


Boa segunda-feira

Lucas Maraschim Matias

sexta-feira, 7 de março de 2008

A paixão pelo Rádio

(Foto da frente da emissora com os 2 veículos utilizados nas reportagens)


Tarde especial.



Sim, inicio pedindo desculpas pelo abandono do blog aqui. Realmente sou uma daquelas pessoas que perde o encanto pelas coisas “para muitos superficiais” de forma rápida. Pode ter acontecido assim com este blog. Mas que nada, como este espaço ainda funciona quero deixar aqui um recado para lembrar desta tarde especial.
Agora são 16:36 da tarde. Estou no estúdio principal da Radio Integração e, entre uma música e outra, escrevo estas palavras concatenadas, com cautela para não deixar a Rádio fora do ar, já que estou ao vivo.
O porque de uma tarde especial? Então, hoje estamos no programa com o sorteio de um bolo de 2 kg, gentileza da Panificadora Paineira. Sorteio que ocorre pelo fato de amanhã ser o ‘Dia Internacional da Mulher’. Tinha tudo para ser uma tarde como todas as outras. Mas hoje não foi.
Ao iniciar o programa e falar sobre o sorteio do bolo (que vem junto com 2 ingressos para a final da Taça da Amizade hoje a noite) iniciou uma avalanche de pedidos, participações de ouvintes dos lugares mais pertos, mais longes, enfim, de todos os cantos da região.
Olha gente, em tantos anos de Rádio acredito que nunca tive uma tarde com tantas participações. Já apresentei o “Show da manhã (Viva a Vida)” onde o negócio é bem mais movimentado, ou como diria meu pai “o furo da bala é mais embaixo”, mas para o meu pacato programa (Integração a Dona da Tarde) já é um recorde.
Acredito que os pedidos ultrapassarão os 75 até logo mais às 17:00 hs. Parece pouco? Pois não é. São duas horas de programa, ou 120 minutos. Isso diz que a cada um minuto e meio aproximadamente uma pessoa liga para a Rádio para pedir a sua música e mandar um recado para alguém.
Por essas e outras que AMO o Rádio.
Estou muito feliz. Obrigado por poder compartilhar isso comigo.

Viva as mulheres do Mundo
Vida as mulheres do Brasil
Vida as mulheres de minha vida
Mãe, Keu e Bruna.


Lucas Maraschim Matias