quinta-feira, 13 de dezembro de 2007

Memórias de um Repórter


Ontem no final da tarde concluí a leitura de um “grande livro”. Grande pelo tamanho (algo em torno de 300 paginas), pelo conteúdo histórico e intelectual nele contido. Começo a tratar sobre o livro ‘Minha Razão de Viver, memórias de um repórter’ (Samuel Wainer) agradecendo ao mestre, doutorando em comunicação, Ricardo Pavan.
Sim, pois foi o mestre Rica que me aconselhou a ler o livro. Certa feita fui na sala dele na coordenação do curso, afim de um bom companheiro de leitura para estas férias na universidade e ele me indicou este.
Uma viagem que demorou algo em torno de 10 dias, mas realmente fez com que eu conhecesse muito melhor a história política e da imprensa brasileira durante longos 40 anos.
A história de Samuel Wainer (lê-se Uainer, segundo a Jaque) é contada de forma brilhante e passa-se de forma surpreendente. Uma biografia com ares de drama, comédia, aventura, aflição e paixões.
A biografia de Wainer (O Profeta, para Getúlio Vargas), que aconselho todos os estudantes de jornalismo a acompanhar, é um retrato diferente de como era feita a comunicação nos tempos difíceis, de censura, jogos políticos, de interesse comercial e outras artimanhas do poder.
Quem quiser saber mais sobre Samuel Wainer (12 de janeiro de 1912 – 02 de setembro de 1980) vai encontrar fácil no google ou na wikipédia. Mas aconselho a leitura deste livro que retrata o trabalho de um homem comprometido com a imprensa brasileira, que viu e fez com que a história do Brasil acontecesse da forma que tivemos e tomasse rumos que para muitos possam parecer incompreensíveis.

Finalizo nesta quinta-feira com uma passagem de Augusto Nunes, falando sobre o livro Minha Razão de Viver. “Samuel descreve suas temporadas no céu e no inferno com a naturalidade que honra a memorialística brasileira. Num país em que quase todos os autores de livros de memórias parecem condenados a confirmar o ‘Poema em linha reta’, de Fernando Pessoa, tentando congelar a imagem de quem foi só príncipe na vida, Samuel descreve pequenas e grandes derrotas, pecados maiores e menores, com uma sinceridade desconcertante”.


Lucas Maraschim Matias

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